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As reações dos presidenciáveis ao ataque contra caravana de Lula

Alckmin, Meirelles, Manuela d´Avila, Marina Silva e Guilherme Boulos condenaram no Twitter o ataque a tiros contra ônibus de caravana do petista

Lula: nesta terça-feira, dois ônibus que levavam parte da equipe do petista foram atingidos por tiros no Paraná (Lula/Facebook/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 11h14.

São Paulo - Pré-candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (PSD), Manuela d´Avila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) condenaram nesta quarta-feira, 28, em suas contas no Twitter, os ataques feitos contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo sul do País.

Na terça-feira, 27, dois ônibus que levavam parte da equipe do petista foram atingidos por tiros no Paraná. Ninguém se feriu.

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Para Alckmin, "toda forma de violência deve ser condenada". De acordo com o governador paulista, é papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT.

"E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O País está cansado de divisão e da convocação ao conflito", escreveu. Na noite desta terça, no entanto, o tucano havia adotado um discurso menos conciliatório, e até mesmo surpreendente, ao declarar à Folha de S.Paulo que o "PT estava colhendo o que plantou".

A postura de Alckmin em relação ao futuro de Lula tem sido de cautela. De olho nos votos do PT, no caso de o ex-presidente ser impedido pela Justiça Eleitoral de disputar a eleição, o tucano tem evitado fazer ataques a Lula ou mesmo ao seu partido. Até mesmo sua posição em relação à prisão em segunda instância foi tornada pública apenas nesta terça.

"Eu sou favorável a manter (o entendimento atual) porque, se não mantiver, vai transformar praticamente os tribunais regionais em tribunais de passagem para depois lá na frente ter uma decisão final."

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em um democracia as divergências políticas devem ser resolvidas nas eleições, atrás do debate e do respeito ao resultado eleitoral. "O que aconteceu ontem no Paraná foi um atentado contra a liberdade de expressão de um líder político e isso é inadmissível numa democracia", disse.

Marina Silva afirmou que repudia veementemente os tiros disparados contra a caravana do ex-presidente. "O uso da violência com motivações políticas é uma afronta ao regime democrático", disse. "Devemos lutar pelo direito a livre manifestação e pelo respeito às instituições da Justiça, que são preceitos constitucionais e alicerces fundamentais da nossa democracia", completou.

Pré-candidata pelo PCdoB, Manuela d'Avila afirmou que estará com Lula nesta quarta-feira em Curitiba. "Transformemos o ato da caravana de Lula de hoje, em Curitiba, num grande ato de resistência ao fascismo e ao ódio. De reafirmação do compromisso com a democracia", afirmou. Presidenciável pelo PSOL, Guilherme Boulos também é esperado na capital paranaense.

"Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. Toda solidariedade a Lula contra as agressões. É momento de unidade democrática e de resistência ativa. Com fascismo não se brinca", afirmou Boulos, que considerou a declaração de Alckmin (PT colhe o que planta) como "um aplauso ao fascismo."

A preocupação com a segurança do ex-presidente será pauta de uma reunião na manhã desta quarta entre congressistas do PT e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que classificou o episódio no Paraná como "inaceitável". A Polícia Civil do Paraná instaurou inquérito policial para investigar o ataque. Já a PM paranaense afirmou que reforçará o policiamento.

Nesta quarta-feira, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), também pré-candidato à Presidência, e o Movimento Brasil Livre (MBL) participam de atos em Curitiba, onde está a caravana de Lula.

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