Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 18 de julho de 2024 às 10h01.
Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h04.
A marca de celular mais visada pelos criminosos em 2023, considerando-se os números absolutos, foi a Samsung, com 37,4% dos casos de roubos e furtos de aparelhos, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No total, o Brasil teve 937.294 ocorrências de roubo e furto de celular registradas em delegacias por todo o país no ano passado.
Na sequência, a Apple, com 25%, foi a segunda marca de aparelho mais roubada no Brasil. Celulares da Motorola representam 23,1% do total de ocorrências no país.
Embora respondam por apenas 10% do mercado nacional, os iPhones representam uma em cada quatro subtrações de aparelhos (na soma de roubos e furtos de aparelhos). Quando se atenta a proporções, é possível dizer que os usuários da Apple correm mais riscos na comparação com aqueles que utilizam telefones de outras marcas.
Segundo o Anuário, os roubos e furtos de celulares estão concentrados em grandes cidades brasileiras com alta concentração de pessoas. No ranking elaborado dos municípios com as maiores taxas de roubo/furto de celular (por 100 mil), foram consideradas apenas as cidades com mais de 100 mil habitantes, para evitar distorções.
Manaus (AM) lidera com 2.096 roubos e furtos de celulares, seguida por Teresina (PI), com 1.866, São Paulo (SP), com 1.781,6, Salvador (BA), com 1.716,6, e Lauro de Freitas (BA), com 1.695,8, situada na Grande Salvador. A taxa do Brasil é de 461,5 ocorrências registradas para cada 100 mil habitantes. Entre as 50 cidades com maiores taxas de roubo e de furto de celular, 15 estão localizadas no estado de São Paulo.
A análise dos dados mostra ainda que, no caso dos roubos de celulares, os criminosos optam por vias públicas, local de 78% das ocorrências. Os casos são mais frequentes em dias de semana, em especial entre segundas e sextas-feiras, com prevalência entre 5h e 7h da manhã e o período entre 18h e 22h – horários em que, geralmente, a população está em deslocamento nas grandes metrópoles, indo ao trabalho ou voltando para casa. Cerca de 58% das vítimas eram homens.
No caso dos furtos, as vias públicas responderam por 44% dos registros, seguidas dos estabelecimentos comerciais/financeiros e residências, com 14% e 13% das ocorrências, respectivamente. Ao contrário dos roubos, os furtos de celulares são mais comuns nos finais de semana, que concentram 35% dos casos. Nessa categoria, os criminosos escolhem horários com movimento reduzido nas cidades, principalmente entre 10h e 11h e a partir do meio da tarde, por volta das 15h, até 20h. O crime atinge homens e mulheres na mesma proporção.