Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026
Deputado federal foi autorizado pela Justiça Eleitoral a deixar o PL sem perder o mandato por infidelidade partidária
Agência de notícias
Publicado em 3 de agosto de 2024 às 13h15.
Última atualização em 3 de agosto de 2024 às 13h22.
O e x-ministro do meio ambiente e deputado federal, Ricardo Salles, se filiou na manhã deste sábado ao partido Novo, sigla a qual já pertenceu no início de sua trajetória política. A migração ocorre após a Justiça Eleitoral ter autorizado sua saída do PL, sem que ele perdesse o mandato no Congresso Nacional, por infidelidade partidária.
A ida para o Novo se deu por seu nome ter sido rifado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida à prefeitura de São Paulo. O PL preferiu apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), um desafeto de Salles.
Neste contexto, Salles chega ao Novo e deve se envolver na campanha de Marina Helena, nome que disputará contra Nunes nessas eleições.
Na convenção, o presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, saldou a entrada do deputado federal e afirmou que seu nome é uma aposta para concorrer ao Senado Federal em 2026.
— O retorno do Salles fortalece muito o Novo no Congresso, além de vir como uma grande liderança para disputar o Senado em 2026 — disse.
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Salles no PL
No ano passado, Salles tentou convencer o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a ser o candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido. Com a negativa, pediu ao ex-presidente Jair Bolsonaro que fosse liberado a se desfiliar. A autorização foi concedida ainda em outubro.
Na ocasião, ele ainda almejava concorrer por uma sigla adversária, o que acabou caindo por terra. Em fevereiro deste ano, afirmou que a candidatura era "página virada".
O posicionamento do deputado se deu em respeito a Bolsonaro. Segundo ele, não teria motivo para ir contra um apoio do ex-presidente. Apesar de não ser candidato nessas eleições, Salles é crítico a Nunes, a quem chama de representante do "Centrão"
— Não vou mais concorrer. A direita perdeu. O Centrão ganhou — disse ao GLOBO em junho de 2023.