Aperto na Linha 4 do Metrô de São Paulo vai continuar
Possibilidade de baldeação para as demais linhas do Metrô trouxe mais gente do que os corredores puderam aguentar, batendo nos 405 mil usuários
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2011 às 10h24.
São Paulo - Na semana em que o governo do Estado de São Paulo apresentou o maior orçamento para obras de Metrô da história - R$ 4,9 bilhões em um ano -, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, admite que nem as 11 obras metroferroviárias que devem estar em andamento até a metade do ano que vem vão dar conta de resolver os problemas de trânsito da capital. Ele defende a construção de mais corredores de ônibus.
O aperto que os usuários da nova Linha 4-Amarela enfrentaram nas estações nas duas últimas semanas deve continuar pelo menos pelos próximos três anos, segundo ele.
"Por que estamos sofrendo hoje com as Estações Paulista e Consolação? Por que a Linha 5 atrasou. Se ela estivesse pronta, como era previsto, a população da zona sul teria mais opções e não desembocaria todo mundo na Linha 4", explica. "Com o atraso, ainda vamos passar aí mais uns três anos com lotação."
A Linha 4-Amarela começou a funcionar em tempo integral (das 4h40 à meia-noite, exceto aos domingos) em 26 de setembro.
A possibilidade de baldeação entre o ramal e as demais linhas do Metrô trouxe mais gente do que os corredores das estações puderam aguentar, batendo nos 405 mil usuários.
Nos horários de pico, a travessia do túnel entre as Estações Paulista e Consolação chegou a durar 15 minutos.
Fernandes nega que as estações tenham sido mal dimensionadas para o tamanho da demanda. "Não adianta fazer uma estação enorme que vá ficar ociosa no futuro. Não dá para fazer um dimensionamento para uma situação que não é permanente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.