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Paul Singer, economista e fundador do PT, morre aos 86 anos

O economista foi um dos responsáveis pela formulação do programa de desenvolvimento econômico do governo Lula

Paul Singer: em 1953, como trabalhador metalúrgico, liderou a histórica greve dos 300 mil (Fernando Frazão/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 07h19.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 07h25.

São Paulo - Morreu na noite desta segunda-feira, 16, aos 86 anos, o economista Paul Singer, um dos fundadores do PT e uma das principais referências intelectuais do partido.

Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês e não resistiu ao quadro de septicemia (infecção generalizada). O velório será realizado no Cemitério Israelita, no Butantã, a partir das 9h desta terça-feira - o sepultamento está marcado para as 14h30.

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Nascido em Viena, em 1932, Singer e a família migraram para o Brasil na década de 1940, quando a Alemanha anexou a Áustria e intensificou a perseguição aos judeus.

Em 1953, como trabalhador metalúrgico, liderou a histórica greve dos 300 mil, que naquele ano paralisou a indústria paulistana por mais de um mês. Naturalizou-se brasileiro no ano seguinte.

Singer formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), onde obteve o título de Doutor em Sociologia e também foi professor. Em 1980 ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores.

Foi um dos responsáveis pela formulação do programa de desenvolvimento do País a partir do fortalecimento do mercado interno por meio da distribuição de renda - alicerce econômico que marcou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No governo Lula, assumiu a Secretaria Nacional de Economia Solidária, órgão ligado ao Ministério do Trabalho.

Viúvo, Singer deixa três filhos - André, Helena e Suzana.

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