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Alvaro Dias pedirá apoio para criar a 'CPI da Rosemary'

Para Dias, a instalação de uma CPI contribuiria para revelar à população quais senadores tentam encobertar denúncias


	Dias afirmou, no entanto, que, uma vez que uma parcela dos membros da CPI será indicada pelo governo, não é possível criar grandes expectativas quanto à investigação
 (José Cruz/ABr)

Dias afirmou, no entanto, que, uma vez que uma parcela dos membros da CPI será indicada pelo governo, não é possível criar grandes expectativas quanto à investigação (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 21h19.

Brasília - Apesar de reconhecer a dificuldade em investigar esquemas patrocinados por antigos ou atuais aliados do governo, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) vai submeter na terça-feira (4) a seus colegas de partido a proposta de criar uma CPI para investigar o escândalo da venda de pareceres técnicos de órgãos federais revelado pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal. A "CPI da Rosemary", segundo ele, mostraria à sociedade a posição dos senadores sobre o esquema.

"É um instrumento para identificar posições, informar à sociedade quem do Senado está de um lado e quem está do outro", argumenta o senador. Da forma conduzida pelo governo, Dias entende que não dá para a população saber quem procura encobrir as denúncias de corrupção e quem tenta destruí-las.

Dias adianta, porém, que não é possível criar falsas expectativas com uma CPI que terá a maior parte de seus integrantes indicados pelo governo. "Nós estamos cumprindo o nosso dever. Sem dúvida, esse escândalo vergonhoso ensejaria, sim, a instalação de uma CPI no Senado Federal", defendeu.

O líder tucano anunciou da tribuna que, se houver a concordância da bancada do PSDB, vai coletar assinaturas para instalação de uma CPI sobre o caso. "E vamos buscar dos governistas dignos desta Casa a assinatura para que possamos instalar essa CPI ou para que possamos dizer à opinião pública brasileira quem concorda com esse sistema, com esse macrossistema promíscuo, onde se instala o balcão de negócios para governar, onde se premiam os desonestos e, obviamente, mostrar aqueles que não concordam com isso", justificou.

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