Alimentos, brinquedos e otimismo: Amigos do Bem arrecada 300 toneladas para o Rio Grande do Sul
ONG leva aos atingidos pela enchente produtos de primeira necessidade, mas também jogos e até doces para aliviar o sofrimento das famílias nos abrigos
Diretor de redação da Exame
Publicado em 12 de maio de 2024 às 15h02.
Última atualização em 13 de maio de 2024 às 06h41.
"Os abrigos estão estruturados, com alimentos, mas com todos muito tristes". A empresária Alcione Albanesi, fundadora da ONG Amigos do Bem, chegou neste sábado a Porto Alegre para se juntar a um exército de a milhares de voluntários que há duas semanas trabalham para ajudar os atingidos pela enchentes históricas noRio Grande do Sul.
A Amigos do Bem está levando ao estado 300 toneladas de doações, que incluem alimentos, medicamentos, doces e brinquedos. Serão 12 carretas carregadas de produtos arrecadados por 5 mil voluntários em São Paulo neste sábado.
Cerca de 30 voluntários participarão da distribuição, levando ao Rio Grande do Sul a experiência acumulada em 30 anos de trabalhos no sertão do Nordeste. O grupo tem médicos, psicólogos e enfermeiros, além de responsáveis por amenidades como músicas e pinturas de rosto.
"Não é só alimento. Nossas distribuições sempre levam alegria, esperança, procuram alcançar o coração das pessoas. A saúde mental também importa", diz Alcione.
O objetivo da instituição é ir a todos os abrigos para auxiliar os voluntários. "Atendemos 300 povoados e 150 mil pessoas na região mais carente do Brasil. Achamos que podemos colaborar", diz a fundadora da instituição.
No sertão nordestino, a Amigos do Bem é conhecida por um sofisticado sistema de cadastros com códigos de barras que permite identificar as necessidades de cada família e fazer um atendimento personalizado. A expectativa é levar parte desta tecnologia para ajudar os atingidos pelas cheias. "Com o passar dos dias vai ficando mais claro que determinada pessoa precisa de um tipo específico de remédio, por exemplo, e precisaremos de uma logística azeitada para entregar", diz.
A empresária que há 30 anos fundou a instituição diz que está em contato com prefeitura de Porto Alegre e Defesa Civil, e que tem como objetivo tentar impulsionar um trabalho muito bem-feito que já está em campo. "Temos data para chegar, e vamos ficar enquanto nossa contribuição for necessária", diz.