Exame Logo

Aécio: oposições pedem investigação em relação à Dilma

O senador irá pedir ao STF reconsidere a decisão em que não autoriza investigações sobre o envolvimento da presidente no escândalo da Petrobras

O STF seguiu o entendimento do procurador-geral da república de que a Constituição não permite que o chefe do Executivo seja investigado por atos sem relação com o cargo de presidente (Geraldo Magela/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 21h31.

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira que a legenda irá endossar o pedido do PPS para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorize investigação sobre a presidente Dilma Rousseff no processo da Lava Jato.

Na última nesta sexta-feira, o PPS apresentou pedido para que o ministro, relator dos processos no STF, reconsidere a decisão em que a presidente Dilma não será investigada nos desvios ocorridos na Petrobras.

A decisão de Teori Zavascki foi tomada com base no entendimento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que informou ao STF que a presidente Dilma foi mencionada em depoimentos de delação premiada da Operação Lava Jato , mas essas menções não eram passíveis de apuração.

Em despacho ao Supremo, Janot explicou que a Constituição não permite que o chefe do Executivo seja investigado por qualquer ato sem relação com o exercício do cargo da Presidência da República, durante a vigência do mandato.

"Amanhã (18), a partir de uma iniciativa do PPS, os partidos de oposição estarão buscando se encontrar com o ministro Teori... as oposições em razão das citações dos depoimentos da delação premiada vão pedir que se abra investigação em relação à presidente República", afirmou Aécio Neves.

O presidente do PSDB lembrou também do pedido de investigação feita ontem pelo Ministério Público Federal contra o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.

"A denúncia tem como base a afirmação do Ministério Público, que obviamente poderá, ou não, ser comprovada, que o dinheiro da propina alimentava campanhas eleitorais do PT. Isso é extremamente grave e se comprovada teremos um quadro até do ponto de vista jurídico diferente no país", afirmou o tucano.

Ele fez menção ainda às declarações da presidente Dilma que considerou em entrevista coletiva realizada ontem que a corrupção é uma "velha senhora" em referência ao fato de que ela não ocorre apenas no período do governo do PT.

"A presidente da República tem razão apenas em uma questão, quando ela diz que a corrupção é uma velha senhora no Brasil, uma senhora idosa. É verdade. Só que essa velha senhora nunca se vestiu tão bem, nunca esteve tão assanhada como nestes tempos de PT. Na verdade, essa velha senhora hoje veste Prada e usa uma estrela vermelha no peito", afirmou o tucano.

O senador também criticou o posicionamento do ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da presidência) de que as manifestações realizadas no último domingo em todo o País foram feitas por aqueles que não votaram na presidente Dilma nas eleições do ano passado.

"Essa crise ainda é maior porque me parece que o governo não entendeu absolutamente nada do que está acontecendo. O ministro Rossetto que tem uma conclusão extremamente curiosa: aqueles que estiveram nas ruas foram os eleitores do adversário e não da presidente e por isso tudo está bem. Se isso fosse verdade, certamente o Brasil teria um outro governo e nós seríamos poupados de uma manifestação tão patética como essa", afirmou.

Veja também

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira que a legenda irá endossar o pedido do PPS para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorize investigação sobre a presidente Dilma Rousseff no processo da Lava Jato.

Na última nesta sexta-feira, o PPS apresentou pedido para que o ministro, relator dos processos no STF, reconsidere a decisão em que a presidente Dilma não será investigada nos desvios ocorridos na Petrobras.

A decisão de Teori Zavascki foi tomada com base no entendimento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que informou ao STF que a presidente Dilma foi mencionada em depoimentos de delação premiada da Operação Lava Jato , mas essas menções não eram passíveis de apuração.

Em despacho ao Supremo, Janot explicou que a Constituição não permite que o chefe do Executivo seja investigado por qualquer ato sem relação com o exercício do cargo da Presidência da República, durante a vigência do mandato.

"Amanhã (18), a partir de uma iniciativa do PPS, os partidos de oposição estarão buscando se encontrar com o ministro Teori... as oposições em razão das citações dos depoimentos da delação premiada vão pedir que se abra investigação em relação à presidente República", afirmou Aécio Neves.

O presidente do PSDB lembrou também do pedido de investigação feita ontem pelo Ministério Público Federal contra o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.

"A denúncia tem como base a afirmação do Ministério Público, que obviamente poderá, ou não, ser comprovada, que o dinheiro da propina alimentava campanhas eleitorais do PT. Isso é extremamente grave e se comprovada teremos um quadro até do ponto de vista jurídico diferente no país", afirmou o tucano.

Ele fez menção ainda às declarações da presidente Dilma que considerou em entrevista coletiva realizada ontem que a corrupção é uma "velha senhora" em referência ao fato de que ela não ocorre apenas no período do governo do PT.

"A presidente da República tem razão apenas em uma questão, quando ela diz que a corrupção é uma velha senhora no Brasil, uma senhora idosa. É verdade. Só que essa velha senhora nunca se vestiu tão bem, nunca esteve tão assanhada como nestes tempos de PT. Na verdade, essa velha senhora hoje veste Prada e usa uma estrela vermelha no peito", afirmou o tucano.

O senador também criticou o posicionamento do ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da presidência) de que as manifestações realizadas no último domingo em todo o País foram feitas por aqueles que não votaram na presidente Dilma nas eleições do ano passado.

"Essa crise ainda é maior porque me parece que o governo não entendeu absolutamente nada do que está acontecendo. O ministro Rossetto que tem uma conclusão extremamente curiosa: aqueles que estiveram nas ruas foram os eleitores do adversário e não da presidente e por isso tudo está bem. Se isso fosse verdade, certamente o Brasil teria um outro governo e nós seríamos poupados de uma manifestação tão patética como essa", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesDilma RousseffOperação Lava JatoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame