Exame Logo

Soja deve fechar outubro em alta, enquanto exportação de carnes cai

Embarques de soja no mês já são 70% superiores ao do mesmo período do ano passado; venda externa de carnes para China esbarra em embargo por doença da vaca louca

Soja: exportação em outubro já é 70% maior em comparação ao mesmo período de 2020 (REUTERS/Paulo Whitaker/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 17h44.

Última atualização em 18 de outubro de 2021 às 19h39.

As exportações brasileiras de soja devem encerrar outubro em alta, no comparativo anual, caso a média diária de embarques se mantenha até o fim do mês, enquanto as vendas externas de carne bovina podem recuar em meio à suspensão de compras da China .

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira mostram que a média diária de exportação de soja alcançou 206.790 toneladas até a terceira semana de outubro, alta de 70% ante 121.110 toneladas embarcadas ao dia no mesmo mês completo do ano passado.

Veja também

Com isso, o Brasil — maior produtor e exportador global da oleaginosa — enviou 2,067 milhões de toneladas de soja para o exterior no acumulado deste mês. O volume já se aproxima dos 2,422 milhões exportados em todo o mês de outubro de 2020, e esta marca pode ser superada ao longo da semana.

Vale ressaltar que a média de vendas externas de soja chegou a ser ainda maior, e atingiu 240.200 toneladas do grão por dia até a segunda semana do mês.

Na contramão, a média diária de embarques de carne bovina despencou para 4,57 mil toneladas, versus 8,13 mil em outubro de 2020, em meio à suspensão de vendas para a China após dois casos atípicos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "vaca louca", confirmados pelo Brasil no início de setembro.

O volume de proteína bovina exportado pelos brasileiros no acumulado do mês está em 45,69 mil toneladas, segundo a Secex, menos de um terço do total embarcado em outubro do ano passado, de 162.680 toneladas.

Caso a média diária se mantenha, o país terminará o mês em queda nas vendas externas de carne bovina ante 2020, quebrando um ciclo de dois recordes mensais consecutivos, obtidos em agosto e setembro. No mês passado, houve recorde mesmo diante da suspensão chinesa, pois cargas que já estavam certificadas antes da paralisação nos embarques foram enviadas ao país asiático.

Baseado em um caso de vaca louca ocorrido em 2019, que levou a uma suspensão de 13 dias pela China, o mercado brasileiro esperava que a paralisação de compras durasse cerca de 15 dias. Entretanto, novas vendas da proteína aos chineses seguem bloqueadas desde 4 de setembro.

 

Acompanhe tudo sobre:Carnes e derivadosChinaExportaçõesSoja

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de EXAME Agro

Mais na Exame