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Opinião: 20 anos do Instituto John Deere e o papel transformador da responsabilidade empresarial

A responsabilidade social empresarial não é apenas uma opção, mas uma necessidade que vai além dos interesses comerciais imediatos

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 1 de setembro de 2024 às 07h00.

Por Edilson Proença*

Nas últimas décadas, testemunhamos uma profunda evolução no papel das empresas na sociedade. Mais do que meros agentes econômicos, as marcas hoje assumem um compromisso moral e ético com o bem estar coletivo e o desenvolvimento sustentável. A responsabilidade social empresarial não é apenas uma opção, mas uma necessidade que vai além dos interesses comerciais imediatos.

O último levantamento global realizado pela Harvard Business Review (HBR), publicação voltada para profissionais de negócios, destacou a crescente importância da responsabilidade social corporativa para os profissionais. Segundo o estudo concluído em 2021, 77% dos consumidores são motivados a comprar de empresas comprometidas em tornar o mundo um lugar melhor.

Além disso, 73% dos investidores afirmaram que os esforços para melhorar o meio ambiente e a sociedade influenciam suas decisões de investimento.

A pesquisa da HBR também apontou que quase 70% dos funcionários não trabalhariam para uma empresa sem um forte propósito, e mais de 60% aceitariam uma redução salarial para atuar em uma companhia orientada por propósito. Esses dados indicam que os empregadores devem considerar a responsabilidade social para atrair e reter funcionários qualificados.

Quando uma empresa decide investir em pessoas, como em programas educacionais, ela não só prepara futuros profissionais, mas abre portas para o desenvolvimento social, elevando o nível educacional e melhorando a qualidade de vida em suas comunidades. Nesse contexto, a responsabilidade social empresarial vai além da filantropia e de estratégias de marketing isoladas.

Um grande exemplo disso é o Instituto John Deere, que desde 2004 tem sido protagonista no cenário brasileiro de responsabilidade social.

Atuando em consonância com as políticas corporativas da companhia, o Instituto concentra seus esforços em três pilares fundamentais: educação, desenvolvimento comunitário e combate à fome.

Essas áreas de atuação não apenas promovem o desenvolvimento socioeconômico, como garantem um impacto positivo e duradouro nas regiões onde a empresa opera.

Para se ter uma ideia, no último ano fiscal, o Instituto John Deere destinou milhões de reais a programas sociais, beneficiando mais de 260 instituições e mobilizando mais de 15 mil horas de trabalho voluntário entre seus colaboradores.

Aliás, o engajamento dos funcionários chama bastante atenção, com 27% deles atuando no voluntariado. O Instituto também alcançou um recorde de investimentos sociais, colocando-se entre os dez maiores investidores do país, em parceria com os Ministérios da Cultura e do Esporte, e outros proponentes.

Ao longo de duas décadas de atuação no Brasil, foram beneficiados 804 projetos, totalizando uminvestimento social de R$ 226 milhões. Além dos programas sociais, como o Programa Sonhar, que capacita jovens vulneráveis para o mercado de trabalho, o Instituto John Deere patrocina iniciativas
ambientais e culturais que contribuem para o desenvolvimento sustentável e preservação da cultura local.

Um exemplo é o Memorial da Evolução Agrícola, inaugurado em dezembro de 2023, em Horizontina (RS) – um complexo educativo que celebra o progresso da agricultura no Brasil.

À medida que celebramos os 20 anos do Instituto John Deere, é essencial reconhecer que, no mercado de trabalho atual, muitos profissionais buscam mais do que um simples emprego; eles desejam estar em lugares que compartilhem seus valores e contribuam positivamente para a sociedade.

Em última análise, o verdadeiro sucesso de uma empresa reside na capacidade de alinhar seus objetivos de negócios com um compromisso genuíno de contribuir para o bem-estar da comunidade onde está inserida.

*Edilson Proença é presidente do Instituto John Deere.

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