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Maior produtor de patos do país conquista exterior e fatura R$ 150 mi

Empresa de Santa Catarina, que cresceu vendendo marreco, torna-se 6ª maior exportadora de pato do mundo e deve crescer 30% este ano

Carne de pato: empresa brasileira é uma das maiores exportadoras mundiais (Getty Images/Getty Images)
CA

Carla Aranha

Publicado em 17 de abril de 2022 às 10h00.

Última atualização em 18 de abril de 2022 às 10h56.

Fundada em 1996 em Indaial, uma pequena cidade na serra catarinense, a Villa Germania nasceu inicialmente para atender uma demanda típica da região. O grande afluxo de imigrantes italianos e alemães há 150 anos deixou uma herança característica: o gosto por marreco, de preferência recheado. Com o passar do tempo, a procura pela ave cresceu tanto que motivou a criação do negócio. “Enxergarmos nesse nicho a oportunidade de atender um segmento que começava a se expandir pelo país e não se limitava mais só ao marreco, que é um tipo de pato”, diz Marcondes Moser, vice-presidente de operações da Villa Germania.

Considerada a maior exportadora de carne de pato do Brasil, a empresa fatura hoje 150 milhões de reais por ano, exporta quase a metade de tudo o que produz e se prepara para novos saltos de crescimento. Para 2022, a expectativa é alcançar uma receita de 190 milhões de reais, quase 30% superior ao volume registrado no ano passado.

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Apenas em fevereiro deste ano, a Villa Germania exportou mais de 20 milhões de reais em carne de pato e proteínas gourmet, como frango orgânico e galinha d´angola, para o Oriente Médio, um de seus principais mercados internacionais. Atualmente, a empresa já ocupa a posição de sexta maior exportadora de carne de pato do mundo.

“Os países árabes são grandes consumidores de aves em geral e de pato”, diz Moser. “Uma estratégia de marketing e vendas bem-feita, aliada à qualidade dos produtos, permitiu o aumento das vendas na região”. Hoje, a Villa Germania é responsável por 70% das importações de carne de pato no Oriente Médio, segundo Moses.

De olho na Copa do Mundo deste ano, que será realizada em novembro no Qatar, a empresa fechou recentemente um contrato de cerca de 8 milhões de reais para fornecer carne de pato e outros produtos gourmet para o país. É esperado um fluxo de 1,5 milhão de pessoas no país no final do ano, durante o torneio mundial de futebol – ao menos parte deverá ser do próprio Oriente Médio.

De modo geral, a expansão da empresa neste ano deverá ser possibilitada por movimentos recentes como a aquisição da Good Alimentos, realizada em janeiro, uma das maiores produtoras de codornas do país. Com sede em Coronel Freitas, em Santa Catarina, a companhia pode produzir até 20 mil codornas por dia. Faz parte dos planos lançar carne de faisão e perdiz – pouco antes da pandemia, a Villa Germania ampliou seu portfolio com importados como coelho ibérico. “O mercado para proteínas gourmet vem se ampliando e devemos aproveitar as oportunidades”, diz Moser.

 

 

 

 

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