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Fávaro diz que produtores e consumidores vão monitorar preços do arroz

"Fizemos um compromisso com o monitoramento dos preços e distribuição, já que todos concordamos que tem arroz suficiente", afirmou o ministro

Carlos Fávaro: ministro da Agricultura e ex-senador (Roque de Sá/Agência Senado)
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 4 de julho de 2024 às 18h30.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro , afirmou nesta quinta-feira, 4, que o governo, indústrias e produtores assumiram um compromisso para monitorar preços e distribuição do arroz no país.“Ontem à noite fizemos uma reunião com a indústria e os representantes dos produtores. Fizemos um compromisso com o monitoramento dos preços e distribuição, já que todos concordamos que tem arroz suficiente. Esse arroz tem que chegar rápido na mesa com preço justo, e nós vamos monitorar”, disse Fávaro.

No começo de junho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cancelou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, justificando que as quatro empresas vencedoras não comprovaram capacidade técnica. Um novo leilão, com condições revisadas, estava programado, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Na sexta-feira, 28, Teixeira chegou a dizer que o novo edital estaria pronto e seria lançado em breve.

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“Foi toda uma polêmica esse edital. Só depois a gente sabe quem são os vendedores do arroz. E aqui não estou fazendo nenhuma crítica pessoal, parecia que nem todos teriam capacidade técnica para entregar arroz de qualidade. Nós temos que ter responsabilidade com o dinheiro publico.”, afirmou o ministro.

Na manhã desta quarta-feira, 3, o Fávaro disse que, até o momento, não deve haver um novo leilão para a compra de arroz importado, além de considerar que o preço do insumo está voltando a normalidade. Desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, o governo tem reforçado que houve um aumento nos preços, o que justificaria a importação do cereal.

Veja como ficou o Rio Grande do Sul após as enchentes

Arroz da Gente

Na quarta-feira, 3, o governo lançou o programa "Arroz da Gente", uma iniciativa para incentivar a produção de arroz em diversos estados e fortalecer a agricultura familiar. O programa oferecerá, além do apoio financeiro, fomento, acompanhamento técnico, garantia de comercialização e facilitará o acesso a tecnologias adaptadas à realidade local, como pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte.

"É determinação do presidente Lula que a gente plante mais arroz, que a gente tenha arroz como temos soja, milho, carne bovina e suína, aves. Em abundância. Se sobrar, vamos exportar, gerar renda no campo e excedentes na balança comercial brasileira”, disse Fávaro.

Com essa iniciativa, cerca de 10 mil famílias produtoras deverão receber incentivo para aprimorar o cultivo de arroz— aexpectativa do governo é de que a ação atenda inicialmente 200 municípios de 14 estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste do país. Além disso, as medidasserão implementadas em cidades do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.

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