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Falta de fertilizantes em 2023? Grandes empresas dizem que caos continua

Os preços de fertilizantes subiram para níveis recordes após a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções contra a Bielorrússia comprometerem grande parte da oferta mundial

Homem passa por galpão com sacos de fertilizante (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Homem passa por galpão com sacos de fertilizante (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 4 de maio de 2022 às 19h08.

Por Jen Skerritt, da Bloomberg

As principais fabricantes mundiais de fertilizantes preveem que a crise de fornecimento que lançou o mercado no caos provavelmente se estenderá além de 2022.

Os preços de fertilizantes subiram para níveis recordes após a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções contra a Bielorrússia comprometerem grande parte da oferta mundial. As sanções têm o potencial de criar impactos mais duradouros, pois levará tempo para reconstruir a capacidade de exportação da região e os compradores procuram outros fornecedores, disse o CEO da Nutrien, Ken Seitz.

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A Nutrien, a maior empresa de fertilizantes do mundo, estuda “o potencial de acelerar nosso aumento de produção de potássio”, disse Seitz durante teleconferência com analistas. As interrupções “podem durar muito além de 2022”.

O isolamento da Rússia e da Bielorrússia do comércio mundial de insumos agrícolas, mesmo que seja temporário, pode remodelar o mercado e aumentar a incerteza sobre a confiabilidade dos suprimentos, acrescentou.

“Poderia haver uma mudança nos padrões de comércio global como resultado? Achamos que é uma possibilidade”, disse Seitz em entrevista por telefone.

A empresa canadense já disse que aumentará a produção de potássio em cerca de 1 milhão de toneladas para 15 milhões este ano, com a maior parte do volume adicional prevista para o segundo semestre. A Rússia e a Bielorrússia respondem por cerca de 40% da produção e exportações globais de potássio, segundo a Nutrien.

A Mosaic também estima que o mercado de potássio continuará extremamente apertado no futuro próximo.

“Talvez seja um problema de dois anos e, mesmo assim, levará mais dois a quatro anos para recuperar o déficit”, disse o CEO Joc O’Rourke em teleconferência.

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