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WikiLeaks põe discurso de JFK sobre excesso de sigilo no 'Twitter'

Enquanto isso, senadores americanos promovem um projeto de lei para restringir a informação do site

Julian Assange, o fundador do Wikileaks: publicação de documentos também no Twitter
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 22h15.

Washignton - O WikiLeaks defendeu sua decisão de publicar mais de 250 mil documentos secretos dos Estados Unidos ao colocar na rede social Twitter um link para um discurso do ex-presidente John F. Kennedy (1961-1963) contra o sigilo excessivo no governo.

Isso enquanto senadores americanos promovem um projeto de lei para restringir a informação do site.

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Em sua conta no Twitter, @wikileaks, aparece um link para um vídeo de Kennedy no YouTube de um discurso de 27 de abril de 1961 para a Associação de Imprensa dos Estados Unidos.

Nas partes selecionadas do discurso, Kennedy condena o excesso de sigilo, mas permaneceam fora passagens onde chama a imprensa a exercitar o autocontrole, em uma época de elevadas tensões da então Guerra Fria.

"O governo, em todos os níveis, deve cumprir sua obrigação de dar a vocês a maior quantidade possível de informação fora dos mais estreitos limites da segurança nacional", afirma o presidente assassinado em Dallas, Texas (sul) em novembro de 1963.

"Apenas a palavra 'sigilo' é repugnante em uma sociedade livre e aberta; e nós somos um povo intrinsicamente oposto às sociedades secretas, aos juramentos secretos e aos procedimentos secretos", acrescenta Kennedy.

Mas o então presidente também lembrou a imprensa nas partes que o WikiLeaks não divulga, que "em tempos de guerra, o governo e a imprensa se uniram em um esforço conjunto baseado principalmente na autodisciplina, para evitar a divulgação de informação não autorizada para o inimigo".

"Todos os jornais agora perguntam perante cada história: 'É uma notícia?'". "A única coisa que eu sugiro é adicionar a seguinte pergunta: 'É do interesse da segurança nacional?'".

Quarenta e nove anos depois, políticos americanos aprovaram nesta quinta-feira um projeto de lei que tenta facilitar as restrições contra o WikiLeaks.

Se aprovado, o projeto elaborado pelos senadores republicanos John Ensign, Scott Brown e pelo independente Joe Lieberman, tornará ilegal a publicação dos nomes de informantes que colaboram com as forças armadas e os serviços militares de inteligência dos Estados Unidos.

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