Usuários do Facebook protestam contra política de nome real
Transgêneros, drag queens e outras pessoas planejam ir ao escritório da empresa em São Francisco para pedir a mudança da necessidade do nome verdadeiro na rede
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2015 às 11h15.
São Paulo -- Drag queens planejam liderar um protesto na porta da sede do Facebook em São Francisco, na segunda-feira (1), em resposta à política de “nomes verdadeiros” da empresa.
O Facebook tem se posicionado contra o anonimato de seus usuários e está suspendendo contas quando as pessoas não usam seus nomes oficialmente reconhecidos.
A nova política fez com que drag queens, transgêneros, índios, vitimas de violência domestica e outras pessoas que não querem usar os nomes presentes em suas certidões de nascimento se unisseem contra a medida, formando o grupo #MyNameIs (Meu nome é, em inglês).
Atualmente, qualquer usuário pode denunciar que outro está usando uma identidade falsa. Alguns membros da #MyNameIs acreditam que eles são alvos de outros usuários que se opõem a suas identidades e comportamentos. “O Facebook se alia a essas pessoas”, diz Sister Roma, uma das líderes do movimento para mudar a política.
Ela e outras pessoas contrárias a política de nomes verdadeiros do Facebook se encontraram várias vezes com representantes da empresa para discutir a política, incluindo o diretor de produtos, Chris Cox, e a chefe de política global, Monika Bickert.
Drag queens questionaram a rede social em setembro após receberem diversos e-mails pedindo que elas colocassem seus “nomes reais” nos perfis. Cox pediu desculpas pelos e-mails, mais tarde. Mas as conversas, desde então, pararam. E o grupo acredita que a empresa não está se mexendo rápido o suficiente para resolver o problema.
O Facebook ajustou sua política para criar um processo de recurso mais claro para as pessoas cujas contas foram suspensas e afrouxou as condições para pessoas que queiram usar seus “nomes autênticos” ao invés do nome escrito na certidão de nascimento. Mas a empresa afirma que um elemento chave de seu site é o fato de não permitir usuários anônimos.
“Obrigar as pessoas a usarem seus nomes reais as torna mais responsáveis, e isso nos ajuda a remover contas criadas com propósitos maliciosos, como assedio, fraude e discurso de ódio”, disse a empresa em um comunicado.
Os críticos a essa política acreditam que ela é arcaica e precisa ser modificada.
“O Facebook não é mais um site descolado lançado por um bando de caras que queriam conversar entre si e encontrar meninas, e ver com quem elas estão falando”, disse Sister Roma. “Ele mudou e chegou a hora das políticas e ideias originais do Facebook mudarem, porque as identidades dos usuários são tão fluidas quanto os próprios usuários atualmente.
São Paulo -- Drag queens planejam liderar um protesto na porta da sede do Facebook em São Francisco, na segunda-feira (1), em resposta à política de “nomes verdadeiros” da empresa.
O Facebook tem se posicionado contra o anonimato de seus usuários e está suspendendo contas quando as pessoas não usam seus nomes oficialmente reconhecidos.
A nova política fez com que drag queens, transgêneros, índios, vitimas de violência domestica e outras pessoas que não querem usar os nomes presentes em suas certidões de nascimento se unisseem contra a medida, formando o grupo #MyNameIs (Meu nome é, em inglês).
Atualmente, qualquer usuário pode denunciar que outro está usando uma identidade falsa. Alguns membros da #MyNameIs acreditam que eles são alvos de outros usuários que se opõem a suas identidades e comportamentos. “O Facebook se alia a essas pessoas”, diz Sister Roma, uma das líderes do movimento para mudar a política.
Ela e outras pessoas contrárias a política de nomes verdadeiros do Facebook se encontraram várias vezes com representantes da empresa para discutir a política, incluindo o diretor de produtos, Chris Cox, e a chefe de política global, Monika Bickert.
Drag queens questionaram a rede social em setembro após receberem diversos e-mails pedindo que elas colocassem seus “nomes reais” nos perfis. Cox pediu desculpas pelos e-mails, mais tarde. Mas as conversas, desde então, pararam. E o grupo acredita que a empresa não está se mexendo rápido o suficiente para resolver o problema.
O Facebook ajustou sua política para criar um processo de recurso mais claro para as pessoas cujas contas foram suspensas e afrouxou as condições para pessoas que queiram usar seus “nomes autênticos” ao invés do nome escrito na certidão de nascimento. Mas a empresa afirma que um elemento chave de seu site é o fato de não permitir usuários anônimos.
“Obrigar as pessoas a usarem seus nomes reais as torna mais responsáveis, e isso nos ajuda a remover contas criadas com propósitos maliciosos, como assedio, fraude e discurso de ódio”, disse a empresa em um comunicado.
Os críticos a essa política acreditam que ela é arcaica e precisa ser modificada.
“O Facebook não é mais um site descolado lançado por um bando de caras que queriam conversar entre si e encontrar meninas, e ver com quem elas estão falando”, disse Sister Roma. “Ele mudou e chegou a hora das políticas e ideias originais do Facebook mudarem, porque as identidades dos usuários são tão fluidas quanto os próprios usuários atualmente.