Tecnologia

Uruguai quer legalizar para não presentear pessoas ao tráfico

O presidente destacou que o país e seus cidadãos não estão 'totalmente preparados' para uma decisão destas características

maconha (Getty Images)

maconha (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 14h49.

O presidente do Uruguai, José Mujica, se referiu ao projeto de lei que será votado nesta terça-feira (10) no Senado de seu país para legalizar a compra e venda e o cultivo de maconha como uma decisão política que "não é bonita", mas que foi tomada para não "presentear pessoas ao narcotráfico".

Em declarações ao "Channel 4" da televisão uruguaia, o presidente destacou que o país e seus cidadãos não estão "totalmente preparados" para uma decisão destas características, mas pediu uma "oportunidade" para testar a iniciativa.

"Isto é como quando se toma um purgante, é tomar medidas que não são bonitas, mas não queremos deixar essa gente de presente para o narcotráfico", ressaltou Mujica.

Para o presidente, "existe muita dúvida e a dúvida é legítima", mas isto não "pode paralisar o ensaio de novos caminhos perante um problema que nos mantêm paralisados".

Segundo Mujica, quando a norma for aprovada, o que é tido como certo pelo partido governista Frente Ampla, impulsor da medida e que conta com maioria no Senado, o processo será "gradual" e o governo será "muito observador da realidade", sem fomentar o consumo de maconha.

"Quem diz que o tabaco é bom? E, mesmo assim, as pessoas fumam", refletiu o veterano presidente de 78 anos.

De acordo com o presidente, no mês passado no Uruguai "subiu a margem de homicídios por ajustes de contas", a maior parte deles "consequência das operações do narcotráfico".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDrogasINFOMaconhaUruguai

Mais de Tecnologia

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site