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Teles investem R$ 226 mi em estádios, diz sindicato

O valor representa investimento de cerca de R$ 18,83 milhões por arena do Mundial

Fonte Nova: o estádio recebeu 598 antenas de telefonia e 151 de sinal de internet (Governo Federal/Portal da Copa)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 14h08.

Brasília - A instalação de antenas para a chamada cobertura indoor de serviços de telefonia e conexão de internet móvel nos 12 estádios da Copa do Mundo foi maior na Arena Fonte Nova (Salvador).

O estádio da capital baiana recebeu 598 antenas de telefonia e 151 de sinal de internet wi-fi, interligadas por 18 quilômetros de fibras ópticas - além de outras nove antenas externas.

As informações fazem parte de balanço do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), divulgado nesta terça-feira, 03.

Segundo o balanço, o investimento total das empresas de telecomunicações na cobertura indoor foi de R$ 226 milhões - o que representa cerca de R$ 18,83 milhões por arena do Mundial.

Apesar dos números, seis estádios não terão acesso wi-fi para garantir o fluxo da dados durante os jogos - a expectativa é de que mais de 50% desse tráfego seja apenas de envio de fotos.

Não terão wi-fi as arenas de Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Natal, São Paulo e Recife. Isto porque, segundo as operadoras, as empresas que administram os estádios não aceitaram o serviço. Isso pode dificultar o acesso dos torcedores à internet por celulares e tablets.

"Em alguns locais, por uma necessidade comercial ou política de determinada empresa ou grupo, algumas pessoas acreditaram que isso (wi-fi) deveria ser um 'plus' que deveria ser cobrado (das teles), mas que nós estávamos colocando gratuitamente (para os clientes das teles). Ainda temos oportunidade de oferecer a rede wi-fi para as seis arenas no futuro, mas para a Copa não vamos oferecer", disse o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

O segundo estádio com melhor infraestrutura é o Mané Garrincha (Brasília), que recebeu 401 antenas de telefonia e 213 de wi-fi, além de 17 km de fibra óptica e 10 antenas externas.

A Arena da Baixada (Curitiba) é o terceiro estádio com mais antenas de telefonia, com 365 unidades instaladas e 17 km de fibra óptica e nove antenas externas.

Apesar deste número, o estádio da capital paranaense não terá rede wi-fi extra das operadoras, o que pode dificultar principalmente a publicação de fotos por smartphones e tablets.

Itaquerão limitado

O palco de abertura da Copa, a Arena Corinthians (São Paulo), não contará com serviço de wi-fi disponibilizado pelas operadoras.

O estádio da capital paulista também foi o último a ter o sistema de telecomunicações instalado, o que levou as empresas a priorizarem áreas internas para instalar as 337 antenas de telefonia e os 12 km de fibra óptica.

A previsão do SinditeleBrasil é de que arena sofrerá com o tráfego de dados multimídias (fotos e vídeos), principalmente no jogo de abertura do Mundial, entre Brasil e Croácia.

Para minimizar os problemas de infraestrutura, as teles instalaram 22 antenas externas. Mas o sindicato das empresas afirmou que pode haver problemas de navegação na internet e em ligações de voz na área externa da Arena Corinthians.

"O Itaquerão foi o último que conseguimos fazer (a instalação dos equipamentos). O torcedor vai demorar um pouquinho mais para postas fotos (na abertura do Mundial)", diz Levy.

A Arena Amazônia (Manaus) recebeu 315 antenas de telefonia e 141 de transmissão de sinal wi-fi, além de 17 km de fibra ótica e 14 antenas externas de suporte.

O Mineirão (Belo Horizonte) recebeu 292 antenas de telefonia, seis quilômetros de fibra óptica e dez antenas externas. No Castelão (Fortaleza) foram instaladas 292 antenas de telefonia, nove externas e dez quilômetros de fibra óptica.

A Arena Pernambuco (Recife) recebeu 288 antenas de telefonia, 13 externas e 18 km de fibra óptica. No Estádio Beira-Rio (Porto Alegre) foram instaladas 254 antenas de telefonia, 158 antenas wi-fi, dez externas e 18 km de fibra óptica.

No Maracanã (Rio de Janeiro) foram colocadas 220 antenas de telefonia, 23 externas e 217 de wi-fi, além de 14 km de fibra óptica. Na Arena das Dunas (Natal) foram colocadas 206 antenas de telefonia, sete externas e sete quilômetros de fibra óptica.

A Arena Pantanal (Cuiabá) foi o estádio com o menor número de antenas de telefonia instaladas, apenas 156 - além de 134 wi-fi, oito externas e dez quilômetros de fibra óptica.

São Paulo - Os estádios da Copa podem ter custado 8 bilhões de reais - três vezes mais que o previsto - mas os jogadores da série A do Campeonato Brasileiro de 2013 parecem ter gostado dos novos locais de trabalho: das 19 arenas utilizadas na competição no ano passado, as três melhores são aquelas (re)construídas para o Mundial , na avaliação de quem está nos gramados. O Maracanã é o preferido: 97% dos jogadores dão notas que vão de 8 a 10 para ele. A nota média ficou em 9,4. No outro lado da lista, aparecem estádios pequenos que não passaram por reformas de vulto, como Canindé (SP) e Vila Capanema (PR). A pesquisa foi feita pelo Datafolha e encomendado pela Odebrecht Properties. Foram entrevistados 286 jogadores e 6 técnicos dos 20 clubes que disputaram o Brasileirão, sendo 14 atletas em média por time. As respostas foram dadas nos centros de treinamento entre os últimos meses de dezembro e janeiro. As notas consideram apenas os jogadores que conhecem cada estádio. Ou seja, quem não jogou no novo Mineirão, por exemplo, não opinou. Este dado pode ser conferido no ranking . Os estádios da Copa que ainda faltam ser inaugurados, claro, não estão na lista. Confira a seguir as arenas que oferecem as melhores condições de trabalho para os jogadores.
  • 2. 1º Maracanã (RJ) – 9,4

    2 /12(REUTERS/Ricardo Moraes)

  • Veja também

    Rio de Janeiro Dos atletas da série A, 14% nunca jogaram no novo Maracanã Quantos dão nota de 8 a 10: 97%

    Nota média: 9,4

  • 3. 3º Arena Fonte Nova (BA) – 9,2

    3 /12(Ricardo Correa/EXAME.com)

  • Salvador Dos atletas da série A, 26% nunca jogaram na nova Fonte Nova Quantos dão nota de 8 a 10: 95%

    Nota média: 9,2

  • 4. 4º Morumbi (SP) – 9

    4 /12(MIGUEL SCHINCARIOL/Placar)

    São Paulo Dos atletas da série A, 16% nunca jogaram no estádio do São Paulo Quantos dão nota de 8 a 10: 89%

    Nota média: 9

  • 5. 5º Arena Pernambuco (PE) – 8,8

    5 /12(REUTERS/Helder Tavares)

    Recife Dos atletas da série A, 14% nunca jogaram na nova Arena Pernambuco Quantos dão nota de 8 a 10: 88%

    Nota média: 8,8

  • 6. 6º Mané Garrincha (DF) – 8,8

    6 /12(Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

    Brasília Dos atletas da série A, 47% nunca jogaram no novo Mané Garrincha Quantos dão nota de 8 a 10: 84%

    Nota média: 8,8

  • 7. 8º Pacaembu (SP) – 8,6

    7 /12(Wikimedia Commons)

    São Paulo Dos atletas da série A, 14% nunca jogaram no Pacaembu Quantos dão nota de 8 a 10: 83%

    Nota média: 8,6

  • 8. 10º Vila Belmiro (SP) – 8,1

    8 /12(Wikimedia Commons)

    Santos Dos atletas da série A, 17% nunca jogaram no estádio do Santos Quantos dão nota de 8 a 10: 69%

    Nota média: 8,1

  • 9. 12º Couto Pereira (PR) – 7,5

    9 /12(Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

    Curitiba Dos atletas da série A, 18% nunca jogaram no estádio do Coritiba Quantos dão nota de 8 a 10: 50%

    Nota média: 7,5

  • 10. 14º Heriberto Hulse (SC) – 7

    10 /12(Fejuncor / Wikimedia Commons)

    Criciúma Dos atletas da série A, 30% nunca jogaram no estádio do Criciúma Quantos dão nota de 8 a 10: 36%

    Nota média: 7

  • 11. 19º Vila Capanema (PR) – 5,8

    11 /12(Fabiowerlang / Wikimedia Commons)

    Curitiba Dos atletas da série A, 33% nunca jogaram no estádio do Paraná Clube Quantos dão nota de 8 a 10: 19%

    Nota média: 5,8

  • 12. Agora, confira as dificuldades vividas por cada arena do Mundial

    12 /12(Buda Mendes/Getty Images)

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