Criptografia está ajudando estado islâmico e outros grupos terroristas, diz FBI
As autoridades do FBI estão preocupadas com os rumos que a tecnologia da criptografia pode tomar em relação a grupos criminosos e terroristas
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2015 às 07h18.
As autoridades do FBI estão preocupadas com os rumos que a tecnologia da criptografia pode tomar em relação a grupos criminosos e terroristas.
Em uma conferência realizada nessa quarta-feira (3), o diretor assistente contra-terrorismo, Michael Steinbach, alertou aos legisladores que essa forma de proteção aos dados pode criar espaços propícios onde o estado islâmico e outras organizações terroristas possam criar estratégias e recrutar mais criminosos.
Mesmo com o apoio de empresas como Apple e WhatsApp a essa tecnologia, Steinbach pediu ao Comitê de Segurança Nacional medidas legais que permitam o acesso de dados criptografados por seus agentes para investigações.
A criptografia tem sido assunto controverso entre autoridades e companhias de internet. Desde as revelações de Edward Snowden sobre a vigilância máxima da NSA em cidadãos, as empresas passaram a usar essa tecnologia em seus produtos. O WhatsApp é um exemplo, com um sistema de encriptação que torna impossível ler as mensagens que estão sendo enviadas de um contato a outro.
A Apple também se mostrou a favor dessa tecnologia, uma vez que no ano passado ela introduziu criptografia no sistema móvel do iOS por padrão. A medida deixou as autoridades norte-americanas insatisfeitas de tal forma que um oficial da polícia afirmou que o iPhone se tornaria o celular preferido dos pedófilos.
Em um evento, Cook afirmou que este recurso é indispensável para seus consumidores manterem seus dados em segurança. Segundo o CEO da Apple, criminosos estão usando toda a tecnologia a que têm acesso para hackear as contas das pessoas. Então, mesmo que os sistemas da maçã deixem de ter dados criptografados, como as autoridades desejam, os criminosos continuariam a usar essa tecnologia de fácil acesso.
Fonte: Business Insider; AFP