Tablet para deficientes visuais usa bolhas para gerar textos em braile e imagens 3D
O Blitab ainda está em fase de protótipo, mas deve ser lançado em 2016 por 6 mil reais
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 08h11.
Uma empresa austríaca apresentou o primeiro tablet em braile, usando uma tecnologia que cria relevo tátil para mostrar gráficos e mapas para deficientes visuais e pessoas com visão reduzida.
A tela do Blitab cria pequenas bolhas líquidas para gerar texto ou imagens em braile e relevo tátil, enquanto a tecnologia correspondente permite que arquivos de textos sejam convertidos em brailes a partir de pen-drives, browsers ou etiquetas NFC.
A fabricante, Blitab Technology, afirma que a tecnologia revolucionária pode inaugurar a era digital para os deficientes visuais. A empresa planeja desenvolver um smartphone em braile, como próximo passo.
Criamos o primeiro tablet tátil para deficientes visuais, afirma Slavi Slavev, diretor de tecnologia e cofundador da Blitab Technology. O que estamos fazendo é criar uma tecnologia completamente nova que produz braile de forma inédita sem qualquer elemento mecânico.
Queremos resolver uma grande questão, que é a alfabetização de pessoas cegas. A tecnologia é bastante escalável, então podemos produzir imagens e coloca-las em qualquer representação tátil na forma de mapas e gráficos, figuras geométricas, servindo como uma ferramenta educacional para pessoas cegas.
Outros aparelhos atualmente no mercado são mecânicos e permitem que apenas uma linha de braile seja gerada de cada vez. Eles também custam o triplo do Blitab, que sai por 2 500 euros, cerca de 6 mil reais.
Atualmente, existem soluções que são extremamente caras, afirma Slavev. Esses aparelhos foram desenvolvidos há 40 anos e, como ninguém ofereceu qualquer inovação desde então, isso é tudo o que existe no mercado.
O Blitab atualmente está em estado de protótipo e busca investidores. Caso a rodada de financiamento dê certo, a startup quer começar a vender o produto a partir de setembro de 2016.
Acreditamos que as pessoas com deficiência visual devam ser incluídas na era digital na qual vivemos, com smartphones e tablets, mas também garantindo que elas tenham capacidade de fazer tudo que pessoas que enxergam fazem, como navegar na internet, ler e baixar livros, afirma Slavev.
Fonte: Blitab