Motorola tem tentado competir com as inovações recentes da Apple e da Samsung, mas sua participação no mercado mundial está abaixo de 5% atualmente (Ethan Miller/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2012 às 17h46.
São Paulo - Lenovo e Motorola divulgaram nesta quarta-feira, 11, que produzirão smartphones com chips da Intel. A fabricante de componentes geralmente utilizados em PCs consegue, desta maneira, um pequeno espaço em dispositivos móveis.
Hoje, este segmento do mercado de mobilidade é atualmente dominado pelos produtos da ARM Holdings, cujos produtos consomem menos energia e, consequentemente, poupam a bateria dos celulares.
Segundo a Intel, seus chips conseguiram atingir um nível de paridade com os concorrentes da ARM. A empresa confia em seu novo produto, Medfield, baseado no design Atom utilizado em laptops low-end, para conquistar o segmento de smartphones.
O chip foi apresentado durante a Consumer Electronics Show (CES), maior e mais tradicional feira de produtos eletrônicos do mundo, que acontece esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.
A Motorola deve equipar tablets e smarphones com os chips da empresa Intel. Os testes começam até o meio do ano e os produtos devem entrar no mercado logo em seguida.
A empresa não pretende abandonar por completo os chips da ARM, hoje utilizados em seus handsets. Já a Lenovo exibiu um smartphone já concebido com os componentes fabricados pela Intel. O modelo K800 será vendido na China a partir do segundo trimestre deste ano.
É importante ressaltar que nenhuma destas fabricantes domina o mercado de celulares inteligentes. De acordo com o Gartnet, a Lenovo possui 1,7% de participação de mercado na China, país de origem da empresa. Na conta mundial, o market share é de apenas 0,3%.
A Motorola, por sua vez, tem tentado competir com as inovações recentes da Apple e da Samsung, mas sua participação no mercado mundial está abaixo de 5% atualmente.
A divisão da Motorola Mobility foi comprada pelo Google em agosto por US$ 1,2 bilhão, transação ainda sob aprovação de autoridades regulatórias e que promete melhorar o desempenho no setor.