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Sikur lança primeiro celular criptografado brasileiro

A empresa de segurança, do grupo Ciberbras, lançou o primeiro celular inteligente criptografado brasileiro, que estará disponível para consumidores em 2016

O Granitephone, feito com 100% de tecnologia nacional, segundo a empresa de segurança Sikur (Reprodução/granite-ciberbras)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 18h32.

Rio de Janeiro - A empresa de segurança Sikur, do grupo Ciberbras, revelou nesta segunda-feira o primeiro celular inteligente criptografado brasileiro, que estará disponível para empresas e setor público no segundo semestre e para consumidores em 2016.

O produto será lançado oficialmente durante a feira de telecomunicações de Barcelona que ocorre no início de março. A expectativa é que o Granitephone, feito com 100 por cento de tecnologia nacional, segundo a empresa, custe em média 800 dólares.

A Sikur desenvolve desde o ano passado sistemas de criptografia que podem ser instalados em aparelhos iOS, da Apple, ou Android, do Google, assim como em tablets e PCs. A companhia desenvolveu dois modelos próprios de celular, um deles já homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel ).

"É novo conceito de segurança, que preserva o que as pessoas têm de maior valor, que é a informação e a privacidade", disse Cristiano Iop, presidente-executivo da Sikur. Segundo ele, a demanda por sistemas criptografados aumentou entre empresas e setor público brasileiro depois das denúncias de um programa de vigilância global promovido pelos Estados Unidos.

O Granitephone vai concorrer com o Blackphone, um aparelho também criptografado lançado pela empresa de mesmo nome em 2014. De acordo com Iop, o fato do novo celular ser brasileiro pode trazer vantagens competitivas e mais confiança ao produto, já que as denúncias de Edward Snowden referiram-se a espionagem promovida por países como EUA, Canadá e Reino Unido.

Com entregas previstas para julho, o Granitephone permite comunicações por vídeo, voz, mensagens, chats e compartilhamento de documentos, e conta com o sistema operacional Android.

A Sikur, fundada em 2009 por ex-executivos do setor financeiro de Curitiba (PR), transferiu em janeiro sua sede para Miami (EUA). A companhia também tem escritórios em Emirados Árabes, México, Colômbia e Chile, países para os quais os produto também estará disponível. A partir do ano que vem, haverá vendas para Europa e Ásia.

A produção do aparelho será feita por parceiro, a ser definido, em diversos países das regiões em que a Sikur tem escritórios, de forma a facilitar a logística de entregas.

Segundo Iop, a Sikur está em negociações finais com duas operadoras de celular brasileiras para disponibilizar o smartphone criptografado também para consumidores a partir do ano que vem. O executivo não divulgou o nome das operadoras.

A empresa também deve anunciar em breve investimento feito pelo fundo de private equity G5 Evercore, mas o montante do aporte ainda não foi divulgado.

Segundo a Sikur, a criptografia do Granitephone funciona apenas quando há interação com outro telefone do empresa, e as informações armazenadas na nuvem ficam em 24 datacenters espalhados pelo mundo. O aparelho está disponível no algoritmo de criptografia RSA de 2.048 bits, uma das mais difíceis de serem quebradas.

O modelo GT1 é voltado para a área de defesa e primeiro escalão de governos, totalmente codificado, com sistema operacional Android. Nesse aparelho, não é possível instalar aplicativos não autorizados pela fabricante.

Já o GT2, que também será lançado em Barcelona e tem como foco os clientes corporativos, permite que o usuário entre e saia da área criptografada. Dessa forma, o usuário pode separar a área segura da não segura, podendo baixar os aplicativos que desejar.

A Sikur foi adquirida em 2012 pelo grupo Ciberbras, que investe e desenvolve negócios na área de defesa e segurança cibernética.

Um dos principais contratos da Sikur foi fechado no ano passado com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, para a criptografia de smartphones utilizados pelas polícias, com 6 mil usuários.

A expectativa da Sikur é ter faturamento de 24 milhões de dólares este ano, sendo 60 por cento das receitas vindo de fora do Brasil. No ano passado, o faturamento foi de 2 milhões de dólares.

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Rio de Janeiro - A empresa de segurança Sikur, do grupo Ciberbras, revelou nesta segunda-feira o primeiro celular inteligente criptografado brasileiro, que estará disponível para empresas e setor público no segundo semestre e para consumidores em 2016.

O produto será lançado oficialmente durante a feira de telecomunicações de Barcelona que ocorre no início de março. A expectativa é que o Granitephone, feito com 100 por cento de tecnologia nacional, segundo a empresa, custe em média 800 dólares.

A Sikur desenvolve desde o ano passado sistemas de criptografia que podem ser instalados em aparelhos iOS, da Apple, ou Android, do Google, assim como em tablets e PCs. A companhia desenvolveu dois modelos próprios de celular, um deles já homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel ).

"É novo conceito de segurança, que preserva o que as pessoas têm de maior valor, que é a informação e a privacidade", disse Cristiano Iop, presidente-executivo da Sikur. Segundo ele, a demanda por sistemas criptografados aumentou entre empresas e setor público brasileiro depois das denúncias de um programa de vigilância global promovido pelos Estados Unidos.

O Granitephone vai concorrer com o Blackphone, um aparelho também criptografado lançado pela empresa de mesmo nome em 2014. De acordo com Iop, o fato do novo celular ser brasileiro pode trazer vantagens competitivas e mais confiança ao produto, já que as denúncias de Edward Snowden referiram-se a espionagem promovida por países como EUA, Canadá e Reino Unido.

Com entregas previstas para julho, o Granitephone permite comunicações por vídeo, voz, mensagens, chats e compartilhamento de documentos, e conta com o sistema operacional Android.

A Sikur, fundada em 2009 por ex-executivos do setor financeiro de Curitiba (PR), transferiu em janeiro sua sede para Miami (EUA). A companhia também tem escritórios em Emirados Árabes, México, Colômbia e Chile, países para os quais os produto também estará disponível. A partir do ano que vem, haverá vendas para Europa e Ásia.

A produção do aparelho será feita por parceiro, a ser definido, em diversos países das regiões em que a Sikur tem escritórios, de forma a facilitar a logística de entregas.

Segundo Iop, a Sikur está em negociações finais com duas operadoras de celular brasileiras para disponibilizar o smartphone criptografado também para consumidores a partir do ano que vem. O executivo não divulgou o nome das operadoras.

A empresa também deve anunciar em breve investimento feito pelo fundo de private equity G5 Evercore, mas o montante do aporte ainda não foi divulgado.

Segundo a Sikur, a criptografia do Granitephone funciona apenas quando há interação com outro telefone do empresa, e as informações armazenadas na nuvem ficam em 24 datacenters espalhados pelo mundo. O aparelho está disponível no algoritmo de criptografia RSA de 2.048 bits, uma das mais difíceis de serem quebradas.

O modelo GT1 é voltado para a área de defesa e primeiro escalão de governos, totalmente codificado, com sistema operacional Android. Nesse aparelho, não é possível instalar aplicativos não autorizados pela fabricante.

Já o GT2, que também será lançado em Barcelona e tem como foco os clientes corporativos, permite que o usuário entre e saia da área criptografada. Dessa forma, o usuário pode separar a área segura da não segura, podendo baixar os aplicativos que desejar.

A Sikur foi adquirida em 2012 pelo grupo Ciberbras, que investe e desenvolve negócios na área de defesa e segurança cibernética.

Um dos principais contratos da Sikur foi fechado no ano passado com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, para a criptografia de smartphones utilizados pelas polícias, com 6 mil usuários.

A expectativa da Sikur é ter faturamento de 24 milhões de dólares este ano, sendo 60 por cento das receitas vindo de fora do Brasil. No ano passado, o faturamento foi de 2 milhões de dólares.

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