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Separatistas do leste ucraniano fazem referendo amanhã

Separatistas pró-Rússia se preparam para a votação de um referendo, neste domingo, em duas regiões no leste da Ucrânia, com o objetivo de selarem sua independência d

Crimeia (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2014 às 13h38.

Separatistas pró-Rússia se preparam para a votação de um referendo, neste domingo, em duas regiões no leste da Ucrânia, com o objetivo de selarem sua independência do país. O referendo é classificado como ilegal por Kiev e pelo Ocidente.

Em uma "comissão eleitoral" no centro da cidade de Donetsk, os ativistas colaram bandeiras de papel de sua autoproclamada República do Povo de Donetsk sobre o brasão ucraniano em urnas e as selaram antes de enviá-las para as assembleias de voto.

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As autoridades eleitorais disseram que há mais de 1.500 postos de votação apenas em Donetsk, e que pretendem realizar a votação na cidade portuária de Mariupol, onde um confronto deixou vários mortos na sexta-feira, enquanto Kiev tentava implantar seu controle na área.

Os separatistas tem poucas chances de vencer um voto livre e justo, à medida que a maioria deseja a aproximação das relações com a Rússia, sem se separar da Ucrânia, mostraram pesquisas eleitorais.

Embora a Ucrânia e o Ocidente tenham dito que não reconhecerão o resultado do referendo, ele poderá permitir que os separatistas declarem a separação de fato da Ucrânia. Isso poderia levar a um isolamento internacional semelhante a de pequenos Estados separatistas apoiados pelos russos na Moldávia e na Geórgia. Para a região de Donetsk, cujas indústrias pesadas dependem de exportações, um status de pária internacional poderia causar problemas econômicos graves. Exceto uma anexação nos moldes feitos pela Crimeia à Rússia, o que Moscou não manifestou nenhum interesse publicamente. A República do Povo de Donetsk poderia enfrentar turbulência nos mercados de exportação e problemas de desemprego. Questionado sobre isso, Roman Lyagin, coordenador da eleição de República do Povo de Donetsk, disse que "é melhor do que viver em isolamento sob ocupação." (Clarissa Mangueira - clarissa.mangueira@estadao.com)

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