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Sem plateia, Apple apresenta o novo sistema do iPhone. Veja como assistir

Conferência de desenvolvedores começa nesta segunda com novidades para o iPhone e novos modelos do iPad

APPLE: o WWDC é realizado desde 1987 e é um dos principais encontros de desenvolvedores do mercado de tecnologia (Aly Song/File Photo/Reuters)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 22 de junho de 2020 às 06h37.

Começa nesta segunda-feira, às 14h (horário de Brasília), a edição 2020 do Worldwide Developers Conference (WWDC), evento anual da Apple voltado para desenvolvedores. Neste ano, a expectativa é de que a empresa sediada em Cupertino, na Califórnia, revele detalhes e a data de lançamento do iOS 14, a nova versão do sistema operacional utilizado no iPhone , além de novos modelos do iPad.

Com duração de uma semana, o WWDC é realizado desde 1987 e é um dos principais encontros de desenvolvedores do mercado de tecnologia. A conferência costuma reunir milhares de profissionais do setor na Califórnia. Entretanto, por causa da crise do novo coronavírus, a edição 2020 será realizada em formato virtual, transmitida a partir da sede da empresa. A programação completa pode ser conferida no site do evento.

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Não há informações confirmadas sobre os novos recursos que o iOS 14 deve trazer. Mas rumores do mercado de tecnologia sugerem que a Apple apresentará novidades para o aplicativo de mensagens iMessage, uma nova função para desbloquear automóveis inteligentes e a criação de um aplicativo que utiliza tecnologia de realidade aumentada para que o usuário obtenha mais informações a partir de QR Codes.

É possível também que os gráficos do sistema operacional sejam remodelados, mas não se sabe em que grau isso será feito. O site especializado 9to5Mac aponta que a companhia pode imitar o Google e permitir a personalização da tela inicial com aplicativos e widgets. Atualmente os widgets ficam posicionados em áreas mais escondidas do sistema, o que impacta na usabilidade dos recursos.

Outra novidade aguardada pelos desenvolvedores é de que a empresa dê uma resposta para as acusações antitruste de que cria um clube fechado de aplicativos que não permite a integração com outros programas. A expectativa é de que a Apple finalmente permita que apps de terceiros possam realizar tarefas simples, mas que requerem o uso de aplicativos da própria Apple, como abrir o navegador Safari e acessar o aplicativo de e-mail do aparelho.

A ocasião também poderá marcar um anúncio oficial dos novos negócios da Apple com a empresa de microprocessadores ARM. A companhia de Cupertino deve encerrar sua longa parceria com a Intel e passará utilizar em seus dispositivos processadores projetados pela ARM especialmente para a Apple. A mudança impacta diretamente no mercado de desenvolvedores, já que os aplicativos precisam ser configurados para uma nova arquitetura de processamento.

Além do iOS, a companhia deve apresentar ainda novas atualizações das plataformas iPadOS (sistema dos iPads), tvOS (da Apple TV) e watchOS (do relógio Apple Watch). Os relógios inteligentes, inclusive, devem ganhar recursos do sistema operacional para facilitar o uso de aplicativos de exercícios físicos. Espera-se também a criação de um modo de uso voltado para crianças.

Apesar de o WWDC não ser um evento voltado para a apresentação de produtos físicos, o que geralmente acontece em setembro com o lançamento de celulares, tablets e computadores, a Apple deverá apresentar uma nova linha do iMac de 23 polegadas, além da quarta geração do iPad Air em duas versões: uma de 10,8 polegadas e em outra, menor. Faz sentido, já que os produtos têm sido usados cada vez mais para o trabalho, no lugar de notebooks.

Apesar de a Apple ainda registrar a maior parte de seu lucro com a venda de iPhones, o mercado de smartphones está saturado e os novos dispositivos são pouco inovadores em relação aos modelos que os antecedem. A receita da empresa com a venda de celulares caiu 6,7% no primeiro trimestre deste ano, totalizando 28,9 bilhões de dólares.

Por outro lado, o faturamento com a venda de serviços aumenta gradativamente e já é a segunda maior fonte de renda da empresa, somando 13,3 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2020. Em 2019, a App Store, loja de aplicativos da Apple, movimentou mais de 500 bilhões de dólares em transações. Com a retração da economia causada pelo novo coronavírus, é possível que a empresa passe a depender ainda mais dos serviços.

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