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Saiba como tecnologias livres vão reduzir o preço do seu seguro-saúde

Quando recebemos uma música, arquivo de texto ou apresentação, logo checamos se aquele formato de arquivo pode ser aberto em nosso computador, se precisaremos de...

Nativa_9_INFO (iStockPhoto)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 07h19.

Quando recebemos uma música, arquivo de texto ou apresentação, logo checamos se aquele formato de arquivo pode ser aberto em nosso computador, se precisaremos de algum código ou, então, de plug-in especial. Na história da tecnologia, a disputa entre padrões abertos e fechados é um tema tão importante quanto controverso.

Um formato proprietário, por exemplo, desenvolvido e suportado por uma só empresa pode ter ótima qualidade, mas enfrentará restrições, como não poder ser aberto em máquinas ou sistemas de empresas terceiras. Já formatos livres são aqueles em torno dos quais não há restrição e podem ser executados em qualquer máquina.

No mundo da saúde, grandes fabricantes de equipamentos para exames de imagem, tomografia e armazenamento de histórico de pacientes criaram suas próprias soluções, que, muitas vezes, não conversam entre si. De acordo com o professor Roy Mantelarc, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o desenvolvimento de soluções proprietárias na área da saúde foi algo natural em uma época em que não existiam ferramentas capazes de integrar sistemas de dados dos pacientes, como sistemas de armazenamento em nuvem e ferramentas de big data.

“A tendência é que os formatos se tornem livres na área de saúde, como, por exemplo, são os formatos MP3 na música ou .doc para textos. São tipos de arquivos que podem ser abertos em qualquer equipamento”, afirma Mantelarc.

Nos Estados Unidos, uma iniciativa liderada por seis grandes fabricantes de equipamentos médicos (Cerner, McKesson, Allscripts, Athenahealth, Greenway e RelayHealth) está propondo, justamente, que todos os exames de imagem e relatórios médicos gerados por seus equipamentos sejam criados em arquivos abertos ou livres, ou seja, que eles possam ser acessados por qualquer tipo de computador.

Na prática, isso permitirá que seu médico particular acesse todo o seu histórico de exames e, em muitos casos, descarte a necessidade de solicitar novas avaliações. O uso de formatos abertos, especialmente em áreas de emergência médica, permitirá que equipes de saúde tomem decisões mais acertadas em menos tempo e eliminará a necessidade de exames repetidos. Além disso, o uso de formatos abertos facilitará o armazenamento de exames e histórico médico digital em ferramentas de nuvem, independentemente do laboratório ou hospital que o realizou.

Essa iniciativa ganhou o nome de UCA, sigla em inglês de Unified Clinical Archive, e ainda está em debate por parte de desenvolvedores de tecnologias médicas. Questões sobre como preservar a privacidade dos pacientes e proteger os investimentos de quem aplica mais recursos em pesquisa estão sobre a mesa. O avanço do UCA, no entanto, será uma forma simples e importante de reduzir os custos na área médica e, no fim do mês, baixar a conta de quanto você paga de seguro-saúde.

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