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Reino Unido busca desenvolver "arsenal" cibernético

No mês passado, o Reino Unido anunciou que investiria 1 bilhão de dólares a mais em segurança da computação

David Richards, chefe das forças armadas do Reino Unido: arsenal para guerra cibernética é prioridade (Handout/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 10h39.

Londres - O Reino Unido está dedicando mais empenho em desenvolver um "arsenal" para uma guerra cibernética do que em outras áreas de atividade militar, afirmou o general David Richards, chefe das forças armadas, na segunda-feira.

"Trata-se genuinamente de uma grande prioridade para nós," afirmou.

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"Em companhia de outros países com ideias parecidas na Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), estamos expandindo nossa compreensão e arsenal nessa área de forma mais ativa do que em qualquer outra área," disse ele no primeiro discurso público desde que assumiu a chefia do estado-maior de defesa britânico.

No mês passado, o Reino Unido anunciou que investiria 650 milhões de libras (1 bilhão de dólares) a mais em segurança da computação, depois que a nova Estratégia Nacional de Segurança destacou a área como uma das principais ameaças ao país.

A questão ganhou destaque em setembro, quando especialistas em segurança sugeriram que o worm Stuxnet, que ataca um sistema de controle industrial amplamente utilizado, poderia ter sido criado por um país para atacar as instalações nucleares do Irã.

No mês passado, o comandante da agência de espionagem de comunicações britânica também alertou que países já estavam utilizando técnicas cibernéticas para realizar ataques a outras nações.

"Muitas vezes digo às pessoas que, embora seja possível desativar a infraestrutura de um país por meio de pesados bombardeios, fazê-lo por meio de um ataque cibernético não requereria tempo algum," disse Richards. "Trata-se de uma área de imenso risco."

Ele também declarou que o cronograma da Otan para transferir a responsabilidade pela segurança do Afeganistão às forças daquele país, em 2014, e encerrar suas operações de combate um ano depois era "muito realizável."

"Não foi uma data escolhida ao acaso," disse, acrescentando que o mulá Mohammad Omar, líder do Taleban afegão, não havia gostado da mensagem de que a retirada não aconteceria mais cedo.

"Quatro anos, dadas as perdas que eles estão sofrendo e o crescimento firme da força nacional de segurança afegã, não é prazo que os faça felizes," disse o general. "E podemos manter otimismo cauteloso quanto a cumprir o prazo."

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