Tecnologia

Proibição de uso de pen drives no Pentágono tem exceções

Washington - O Pentágono abriu muitas exceções, possivelmente milhares, para permitir que funcionários que gerenciam redes seguras de computadores usem pen drives...

Pentágono (Wiki Commons)

Pentágono (Wiki Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Washington - O Pentágono abriu muitas exceções, possivelmente milhares, para permitir que funcionários que gerenciam redes seguras de computadores usem pen drives e outros dispositivos de armazenamento portáteis, disseram porta-vozes do departamento.

As exceções às regras proibindo a utilização destes dispositivos podem tornar mais fácil o trabalho de funcionários desonestos para copiar e remover documentos importantes. Por outro lado, as autoridades dizem que a concessão é para pessoas que atualizam software e executam serviços de help desk (assistência técnica), para a grande rede de computadores do Pentágono e são necessárias para permitir que o sistema funcione de forma eficiente.

A manipulação de documentos importantes pelo governo dos EUA está sob observação desde que Edward Snowden, um administrador de sistemas terceirizado dentro da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), copiou dados confidenciais em uma instituição no Havaí e as divulgou nos meios de comunicação.

Snowden usou uma simples unidade flash para armazenar os dados, de acordo com uma fonte do governo familiarizada com a investigação.

Os dispositivos de armazenamento têm sido uma preocupação do Departamento de Defesa, desde o incidente Buckshot Yankee, de 2008, quando um software malicioso worm infectou as redes militares através de um pen drive.

O então secretário-adjunto Bill Lynn, tornou público o incidente em 2010 e o governo proibiu os dispositivos.

Mais ou menos na mesma época, de acordo com a promotoria, a Private Bradley Manning, consultoria de inteligência do exército, copiou milhares de documentos para CDs e um cartão de câmera digital e os divulgou para o site WikiLeaks.

Desde então, o Pentágono reforçou seus esforços para evitar a remoção de dados confidenciais, disse o tenente-coronel James Gregory.

O departamento está 100 por cento em conformidade com as diretrizes para desativar, ou controlar rigidamente o uso de dispositivos de mídia removíveis na rede segura do Pentágono, disse ele.

Isso significa que a maioria dos usuários tem perfis restritos e seus computadores não reconhecem pen drives e outros dispositivos, como Blackberrys, que podem ser conectados à portas USB, dizem os porta-vozes do Pentágono.

As diferentes forças militares também criaram programas para controlar e acompanhar o pessoal autorizado a baixar dados da rede segura, dizem eles.

Sistemas automáticos imediatamente denunciam se alguém conecta um dispositivo não autorizado, ou usa de forma inadequada as credenciais para utilizar o sistema.

Embora o uso de flash drives esteja amplamente proibido, exceções são concedidas aos administradores de sistemas que instalam software e gerenciam serviços de help desk para os milhões de computadores do departamento e cerca de 600 mil dispositivos móveis em cerca de 15 mil redes.

O tenente-coronel Damien Pickart, um porta-voz do Pentágono, disse que o departamento não conseguiu determinar quantas exceções tinham sido dadas, porque unidades menores dentro do serviço têm a autoridade de concedê-las e isso não é controlado pelo departamento.

Dado o tamanho do sistema, poderiam ser milhares, disse ele.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)INFOPaíses ricosseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Galaxy Z Flip 6: conheça os detalhes do smartphone usado pelos atletas nas Olimpíadas

Meta pagará US$ 1,4 bilhão ao estado Texas por uso indevido de tecnologia de reconhecimento facial

Carteira do Google testa pagamento por PIX em contas do C6 e PicPay

Apple avalia anúncios no Apple TV+ com parceria da Barb Audiences

Mais na Exame