united (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2015 às 08h41.
Todos os voos da United Airlines nos Estados Unidos ficaram no chão por quase uma hora, impedidos de decolar, na manhã da terça-feira (2), devido a um problema ainda desconhecido.
Apesar de a United não ter indicado o motivo para os aviões não terem decolado, tuítes dos passageiros a bordo indicam algumas razões possíveis.
"A United começou a atrasar os voos aproximadamente às 8h para garantir que cada aeronave decolasse com as informações corretas", afirmou o porta-voz da empresa, Charles Hobarth. "Retomamos as decolagens às 8h40 e acomodamos os passageiros aos seus respectivos destinos."
Hobarth não explicou o que eram as "informações corretas", mas o passageiro Edward Benson, fundador de uma empresa de tecnologia, escreveu um tuíte afirmando que o piloto de seu voo disse aos passageiros que eles não haviam decolado por causa de uma possível invasão à rede de computadores da United, que teria feito planos de voos falsos aparecerem no sistema da aeronave.
Sitting on runway. Pilot inferring #UnitedAirlines has grounded all flights due to possible hack: fake flight plans found in system.
— Ted Benson (@edwardbenson) June 2, 2015
Outros passageiros tuitaram mensagens parecidas sobre planos de voos falsos serem as causas dos aviões não terem decolado.
O porta-voz da United negou a hipótese de que um hacker estava envolvido no problema que impediu os aviões de decolarem. "O que descobrimos é que não existe indício de que isso foi causado por um agente externo", disse Hobarth, que não esclareceu se o erro realmente envolvia planos de voos falsos.
A mesma companhia aérea esteve envolvida recentemente em uma polêmica a respeito da alegação de que aviões e sistemas aéreos podem ser hackeados.
Em abril, a United expulsou de um voo o pesquisador de segurança da informação Chris Roberts, após ele tuítar uma piada sobre as vulnerabilidades de um avião da United, uma aeronave da Boeing, que o levava de Denver para Chicago.
A United Airlines entrou em contato com o FBI, que o impediu de embarcar em um segundo voo após ele pousar em Nova York. A polícia federal americana o interrogou por várias horas e apreendeu seus equipamentos eletrônicos.
No mês passado, a United anunciou que estava lançando um programa de recompensas para pesquisadores que descobrissem falhas de segurança em seus sites, aplicativos e portais virtuais.
O programa, porém, não cobre a vulnerabilidade mais perigosa que os pesquisadores podem encontrar, aquelas descobertas nas redes de computadores instaladas a bordo dos aviões, como wi-fi e sistema de entretenimento.
Fonte: Wired