Tecnologia

Governo de Portugal lamenta dúvidas sobre futuro da fusão entre Portugal Telecom e Oi

O governo português está preocupado com o futuro da operadora Portugal Telecom e lamentou que a fusão com a brasileira Oi não esteja dentro das expectativas

Portugal Telecom (Getty Images)

Portugal Telecom (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 12h47.

O governo português está preocupado com o futuro da operadora Portugal Telecom e lamentou que a fusão com a brasileira Oi não esteja correspondendo às expectativas criadas.

"Quando uma empresa com a relevância da Portugal Telecom se vê nesta situação, não é bom nem para o mercado, nem para o país, nem para a imagem que se quer projetar, nem para o setor a que pertence", advertiu nesta terça-feira o secretário de Estado de Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

Desta forma, Monteiro tornou pública a inquietação no seio do Executivo sobre o processo de fusão das duas companhias, envolvidas em constantes rumores sobre a possibilidade de serem compradas individualmente por outros grupos estrangeiros do setor.

Estas dúvidas aumentaram com a saída na semana passada do presidente da Oi, o português Zeinal Bava, que já havia ocupado o mesmo cargo na Portugal Telecom e era o encarregado de pilotar a fusão.

O motivo de sua saída, especula-se em Lisboa, seria a diferença de critério com os principais acionistas da Oi, que poderiam estar buscando uma nova estratégia.

Hoje seu substituto à frente da empresa brasileira assinou uma carta junto ao seu colega na Portugal Telecom dirigida aos funcionários em Portugal em que admitia que a companhia precisa reduzir sua dívida e que para isso poderia recorrer à venda de ativos.

Além disso, reconheceram terem sido contatados por outras empresas interessadas em comprar "negócios" da Telecom, entre eles a francesa Altice, embora tenham negado ter recebido ofertas concretas.

Monteiro garantiu que o setor das telecomunicações continua sendo "capaz de liderar" a recuperação econômica do país, e que é preciso "criar as condições" adequadas para reforçar essa tendência.

 

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