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Oi lidera rankings de rejeição entre operadoras de celular

Segundo pesquisa, operadora é a que tem o percentual mais alto de clientes querendo trocá-la por outra empresa

Vontade de trocar: Oi lidera ranking com mais clientes propensos a trocá-la por outra operadora, mas nenhuma das grandes no Brasil se salva no quesito (Sergio Moraes/Reuters)

Vontade de trocar: Oi lidera ranking com mais clientes propensos a trocá-la por outra operadora, mas nenhuma das grandes no Brasil se salva no quesito (Sergio Moraes/Reuters)

GG

Gustavo Gusmão

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 05h58.

Última atualização em 16 de janeiro de 2019 às 05h58.

São Paulo — Uma nova pesquisa de mercado revelou que, entre as grandes operadoras de celular, a Oi é a que atrai mais rejeição por parte dos consumidores. A análise, feita pela plataforma de pesquisa e inteligência NZN Intelligence, mostrou que 60,8% dos clientes da empresa estão propensos a abandonar os serviços prestados — e 51,6% estão insatisfeitos.

Os números colocam a operadora na liderança do ranking de possíveis abandonos e na segunda posição na lista de insatisfação. No primeiro caso, a distância para o vice-líder é, inclusive, bem folgada: "apenas" 47,6% dos clientes da Vivo estão propensos a deixá-la, uma diferença de mais de 13 pontos percentuais.

Porém, não dá para dizer que algumas das grandes operadoras no Brasil se salva no quesito. TIM e Claro, que têm os percentuais mais baixos entre os maiores nomes, ainda assim aparecem com 39,6% e 40,2% de clientes — mais de um terço — propensos a abandoná-las. De forma geral, 43% dos clientes dessas empresas consideram trocar de "casa".

No quesito insatisfação, a Oi só fica atrás das empresas que oferecem serviços over-the-top (OTT), ou seja, que usam as redes de outras operadoras para funcionar. A diferença é grande: essas companhias aparecem com 72,6% de clientes insatisfeitos, contra 51,6% da Oi. Dos outros grandes nomes do setor, a Sercomtel aparece com 42,7%, a Vivo com 40,4%, a Claro e a Nextel com 34%, a TIM com 33% e a Algar com 27,5%.

Maior problema não é nem a qualidade

Os rankings são um bom reflexo do que já foi avaliado pelos Procons ao redor do Brasil. O de São Paulo, por exemplo, divulgou no ano passado uma lista com as empresas que mais acumularam reclamações em 2017. Das 10 líderes, cinco eram operadoras. Ainda não há dados atualizados sobre 2018.

Mas, curiosamente, o fator que mais influencia na decisão de trocar de operadora parece ser o preço do plano. Pela pesquisa, 47% das 2 mil pessoas entrevistadas dizem que isso é o que mais importa. Problemas de instabilidade dos serviços aparecem em segundo lugar, com 33,5%, enquanto a cobertura é apenas o terceiro fator de decisão, com 28,5%.

O custo, curiosamente, também foi o ponto que levou os clientes às suas operadoras atuais: 40% dos usuários disseram, no estudo, que os planos estavam com bons preços na época em que os contrataram. Amigos e familiares que usavam a mesma operadora aparecem logo depois nessa lista (32%), enquanto os serviços adicionais (como redes sociais sem desconto na franquia) foram citados como motivos por apenas 14,5% dos usuários entrevistados.

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