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O que há de bom – e de não tão bom – no novo iPad

As análises do novo iPad confirmam que a tela Retina é mesmo espetacular, mas mostram que ele não é mais veloz que o iPad 2

Os novos aplicativos, como o iPhoto, são mais volumosos que os antigos, exigindo mais capacidade de armazenamento (Reprodução)

Os novos aplicativos, como o iPhoto, são mais volumosos que os antigos, exigindo mais capacidade de armazenamento (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h55.

São Paulo — As primeiras análises detalhadas do novo iPad foram produzidas antes mesmo de o tablet chegar oficialmente às lojas, por pessoas que tiveram acesso antecipado a ele. Veja o que elas dizem..

1 Tela Retina

Quando a Apple anunciou o novo iPad, houve quem argumentasse que a tela do iPad 2 (assim como a do iPad 1) já era suficientemente boa, e que seria um exagero multiplicar o número de pixels por quatro. Mas relatos de quem experimentou o novo iPad dizem o contrário. “É, sem dúvida, a mais bela tela de computador que eu já vi”, diz Joshua Topolsky, do site The Verge. “Quem tiver um iPad 2 ou um iPad original, a menos que pretenda trocá-lo por um novo, não deve olhar para esta tela”, completa. 

De ruim, há o fato de que a nova tela, como a anterior, é muito brilhante e não funciona bem sob luz do sol, observa Walter Mossberg no All Things D.

A nova tela é fabricada pela Samsung, como comprovou o pessoal do site americano iFixit, que voou até a Austrália, comprou um iPad e imediatamente passou a desmontá-lo para examinar seu interior. 

2 Câmera iSight

Vários sites publicaram, na web, fotos feitas com a nova câmera iSight, de 5 megapixels, que é outra novidade do iPad de terceira geração. Há um consenso, entre eles, de que a câmera é muito melhor que a do iPad 2 (de 0,7 megapixel), mas inferior à do iPhone 4S (de 8 megapixels). 

Uma surpresa agradável observada por alguns é que a câmera é bastante satisfatória para filmar. “Os videoclipes em full HD são comparáveis aos dos melhores smartphones. Há um recurso de estabilização digital para vídeo, e ele consegue encontrar o equilíbrio entre a imagem tremida e a excessivamente processada”, diz Vincent Nguyen no site SlashGear.


3 Conexão 4G

Como já havia sido antecipado, a conexão 4G do novo iPad não vai funcionar no mundo todo. Há uma variedade de frequências de rádio usadas pelas operadoras de celular. E a Apple não conseguiu tornar o tablet compatível com todas elas. Como mostra o iFixit, o novo iPad vendido na Austrália traz a seguinte inscrição na embalagem: “Este produto não é compatível com as redes 4G LTE australianas, e vai operar, no máximo, em velocidade 3G na Austrália”. No Brasil, onde ainda não há redes 4G disponíveis, o tablet também vai ficar limitado ao 3G.

4 Processador A5X

Durante a apresentação do novo iPad, a Apple destacou o novo processador A5X e disse que ele é quatro vezes mais veloz, nos gráficos, que o concorrente Tegra 3, da Nvidia. Em vez dos dois núcleos de processamento gráfico encontrados no processador A5 do iPad 2, o A5X traz quatro.

O poder de processamento extra é necessário para que o chip consiga lidar com a quantidade maior de pixels da nova tela de alta definição. Mas um teste feito pelo site vietnamita Tinhte revelou que, em tarefas gerais, o desempenho do novo iPad é similar ao do iPad 2. Não há surpresa nisso, já que o A5X conserva os mesmos dois núcleos principais do A5 e roda na mesma velocidade de 1 GHz.

5 Arquivos pesados

O novo iPad deve exigir mais memória para armazenamento que o iPad 2. Há vários motivos para isso. Para começar, a tela de alta definição combina com filmes também HD, que ocupam muito mais espaço na memória que aqueles em resolução padrão. Além disso, a nova câmera de 5 megapixels produz arquivos maiores que os do iPad 2 ao filmar e fotografar. 

Por fim, as novas versões de aplicativos feitas para a tela Retina também são mais pesadas. O pessoal do site vietnamita Tinhte constatou que o Keynote, o app para apresentações da Apple, por exemplo, saltou de 115 MB para 327 MB.

Considerando tudo, pode ser uma má ideia comprar o novo iPad na versão com 16 gigabytes de capacidade. Para um uso confortável, 32 GB deve ser considerada a mínima capacidade recomendável. “No iPad que estou testando, tenho três páginas de apps, algumas centenas de fotos, um filme em HD e um álbum musical. Não é muita coisa. Mas isso já ocupa mais de 20 GB de espaço de armazenamento. Só os aplicativos passam de 10 GB”, relata MG Siegler no site TechCrunch.

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