O que as redes sociais dizem sobre os ovos de Páscoa?
Levantamento de empresa de inteligência artificial indica preferência por comércios locais
Maria Eduarda Cury
Publicado em 22 de abril de 2019 às 11h03.
São Paulo - A brasileira Stilingue, empresa de inteligência artificial, realizou um estudo durante os 45 dias que antecederam a Páscoa deste ano para entender o comportamento do consumidor na data e o papel dos comerciantes na internet. O levantamento revela que a valorização do microempreendedor e da produção artesanal de ovos de páscoa teve aumento em 2019. Eles chegaram a desafiar produtos de marcas tradicionais, de acordo com dados coletados nas redes sociais.
Após uma análise feita em aplicativos como Facebook , Twitter e Instagram,foram contabilizadas mais de 368 mil menções que destacavam uma preocupação social para com os comerciantes locais, e os tutoriais sobre como fazer o seu próprio ovo de páscoa estão representados como 18% dessas menções. Uma razão para o aumento de encomendas caseiras é a proximidade que o cliente sente com o vendedor.
Nesse segmento, as mulheres são mais frequentemente encontradas, como vendedoras/consumidoras, visto que aparecem em mais de 63% das postagens, e o termo "mãe" foi encontrado pelo sistema de busca da empresa em 7,8 mil publicações.
Outros termos bastante mencionados foram "crise", "dinheirinho extra", "empreendedorismo" e "oportunidade", fato que reforça a ideia de que a Páscoa de 2019 está mais concentrada em um movimento de empatia e ajuda ao próximo, do que consumir os tradicionais ovos das grandes empresas.
Ainda que esse lado social tenha crescido, as marcas tradicionais ainda rendem menções nas conversas públicas das redes: Ninho, KitKat, Nutella, Kinder Bueno e Oreo foram os sabores mais comentados pelos usuários como sabores para ovos de colher.
No entanto, a campanha "Páscoa Saudável" sofre baixa visibilidade e tem dificuldades para alcançar o público de forma abrangente. Em 2019, produtos com baixa lactose e sem glúten interessaram menos aos consumidores. Marcas como Brasil Cacau, Cacau Show e Kopenhagen registraram queda: juntas, suas publicações sobre ovos saudáveis e veganos ou vegetarianos somam menos de 80 postagens, e microempreendedores impactaram menos de duzentos mil perfis com suas produções fitness caseiras.