O impulso do e-commerce do Mercado Livre vai continuar no 2° trimestre?
Concorrentes como Amazon e Alibaba mostraram desaceleração do e-commerce nos últimos dias.
Thiago Lavado
Publicado em 4 de agosto de 2021 às 06h00.
Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 11h47.
No primeiro trimestre do ano, o Mercado Livre viu o faturamento dobrar em relação ao que era um ano atrás. O boom do e-commerce durante a pandemia potencializou companhias como a varejista argentina.
Nesta quarta-feira, o Mercado Livre mostrará se o crescimento se manteve nos três meses seguintes A empresa divulga os resultados do segundo período de 2021 e a expectativa, de acordo com analistas, é um faturamento de 1,5 bilhão de dólares, alta de 70% em relação ao mesmo período de 2020.
Apesar disso, os lucros devem vir um pouco menores. A estimativa é de 0,09 centavos de dólar por ação, queda de 92% em relação ao mesmo trimestre há um ano, quando a pandemia atingiu os negócios em cheio.
O Mercado Livre está em expansão e brigando por competitividade contra gigantes como Amazon, além de brasileiras, incluindo Magazine Luiza, Via Varejo e B2W. No início do ano, a empresa anunciou um plano para investir 10 bilhões de reais no Brasil e inaugurou um quinto grande centro logístico no país, em Santa Catarina.
A indústria de varejo digital no Brasil passa por uma rápida consolidação e o Mercado Livre planeja ainda mais centros de distribuição no país, focando na região sudeste, enquanto compete com as outras companhias do setor.
Só falta combinar com a própria demanda: na semana passada, a gigante americana Amazon anunciou resultados de crescimento, mas que vieram abaixo do que era esperado pela primeira vez desde que a pandemia começou. A chinesa Alibaba também viu desaceleração do setor.
O Mercado Livre deve dar mais pistas dos próximos passos e do ritmo desse mercado nesta quarta-feira.