Novo sistema para filtrar água em Fukushima volta a ter problemas
A companhia responsável pela usina nuclear de Fukushima informou que seu novo sistema para filtrar água radioativa
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 06h25.
A companhia responsável pela usina nuclear de Fukushima informou nesta sexta-feira (4) que seu novo sistema para filtrar água radioativa, que está em período de testes, voltou a ser interrompido por um problema ainda não especificado.
A Tokyo Electric Power (Tepco) explicou que o sistema de alarme do chamado Sistema Avançado de Processamento de Líquidos (ALPS, sigla em inglês) disparou hoje às 6h40 locais (18h40 de Brasília da quinta-feira), o que interrompeu automaticamente as operações.
É a segunda vez que um problema causa a interrupção do ALPS na última semana.
A empresa não detectou, por enquanto, algum vazamento de água radioativa nas tubulações.
A Tepco testou pela primeira vez dois dos três circuitos do ALPS, o A e o B, entre março e junho, mas teve que suspender o processo por um problema de corrosão.
No dia 27 de setembro, a Tepco recomeçou os testes do ALPS, desta vez com o circuito C.
No entanto, um vazamento em um tanque próximo obrigou a suspensão do procedimento apenas algumas horas depois e o sistema não voltou a funcionar até a última segunda-feira.
Apesar das complicações técnicas, a Tepco pretende reiniciar os testes no final de outubro com o circuito A e em meados de novembro com o B.
O ALPS, desenvolvido pela empresa Toshiba, foi desenhado para eliminar 62 tipos de materiais radioativos, com exceção do trítio, enquanto o atual sistema de filtragem da água em atividade na central é capaz de retirar apenas o césio.
Espera-se que o ALPS possa solucionar o principal problema da central assim que estiver operando plenamente, já que se acredita que o sistema consiga processar o líquido radioativo num ritmo superior ao do acúmulo de água no subsolo dos edifícios dos reatores.
A acumulação acontece por causa dos vazamentoss do líquido utilizado para a refrigeração dos reatores nos porões dos edifícios dos mesmos, assim como da água dos lençóis que existem no subsolo da central.
Acredita-se que a usina, atingida pelo terremoto e tsunami de março de 2011, despeja 300 toneladas de água contaminada por dia no Oceano Pacífico.