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Nova missão da Nasa explorará Titã, a lua de Saturno que pode abrigar vida

Com previsão de lançamento em 2028, a missão Dragonfly promete avanços no estudo de Titã, exibindo sua possível astrobiologia

Surface of Titan, computer artwork. This is Saturns largest moon and the only moon to have a planet-like atmosphere. The atmosphere consists of nitrogen and organic compounds, mainly ethane and methane, which give it its distinctive orange colour. The surface of Titan is depicted as being covered in liquid methane, forming rivers and deltas that empty into lakes. It is thought that the hydrocarbons form as sunlight acts on the methane in Titans upper atmosphere. There are also mountains, thought to be made of rock and ice. Titans atmosphere could resemble that of primitive Earth and could hold clues about the origin of life. (Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 29 de abril de 2024 às 09h49.

Última atualização em 29 de abril de 2024 às 09h52.

A Nasa aprovou uma nova missão, não tripulada, mas muito ambiciosa, enquanto as missões de retornar amostras de Marte encontram obstáculos como problemas nos lançadores das sondas que exploram o planeta vermelho nos últimos anos.

O projeto, denominado Dragonfly, envolve o envio de um drone aos céus de Titã, a maior das luas de Saturno, e está sob a responsabilidade do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, localizado em Laurel, Maryland. Com a recente aprovação, a equipe agora segue para a finalização do design da sonda e o início de sua construção, visando o lançamento em julho de 2028.

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Titã se destaca não apenas por seu tamanho — superando o planeta Mercúrio e sendo a segunda maior lua do Sistema Solar —, mas também por suas características que lembram as terrestres. Possui uma atmosfera densa e um ciclo hidrológico ativo, embora baseado em metano e etano, diferentemente da água em nosso planeta. Essas particularidades fazem de Titã um alvo prioritário para estudos relacionados à astrobiologia e à origem da vida.

A missão Dragonfly pretende ampliar a exploração iniciada pela sonda Huygens em 2005, a primeira a pousar em Titã, enviando valiosas informações sobre sua superfície gelada e atmosfera. Ao longo de mais de três anos, a Dragonfly explorará várias regiões da lua, permitindo um estudo aprofundado de suas dunas e mares de hidrocarbonetos.

Apesar do potencial científico promissor, a missão enfrenta desafios significativos, incluindo um orçamento que dobrou desde sua pré-seleção em 2019, agora estimado em US$ 3,35 bilhões. Aumentos nos custos foram atribuídos a restrições orçamentárias, atrasos no desenvolvimento e impactos da pandemia de covid-19. No entanto, a decisão de prosseguir com a missão foi confirmada, com a chegada a Titã prevista para 2034, mais de seis anos após a decolagem.

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