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Na Ásia, "A Entrevista" é assistido ilegalmente online e recebe duras críticas

A maioria dos espectadores disseram que assistiram o longa por causa do devastador ataque eletrônico contra a Sony Pictures

The Interview (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 14h36.

Centenas de milhares de pessoas assistiram cópias ilegais do filme "A Entrevista" na China e na Coreia do Sul, apenas horas depois que o controverso filme sobre o assassinato fictício do líder norte-coreano Kim Jong Un foi lançado nos Estados Unidos.

A maioria dos espectadores disseram que assistiram o longa por causa do devastador ataque eletrônico contra a Sony Pictures, estúdio que o produziu, mas que não ficaram impressionados.

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Mesmo na Coreia do Sul, tecnicamente em guerra com o Norte, espectadores criticaram severamente o filme.

"Muito disso não é realista e as pessoas nos papéis de norte-coreanos são muito ruins falando coreano", disse um espectador no Naver, um portal online. "Na cena em que Kim Jong Un fica nervoso ... não consegui entender direito o que ele estava dizendo".

Um blogueiro no Naver disse: "Não há drama nem muita diversão. É tudo sobre comédia forçada que desanima. Eles não podiam ter feito um trabalho melhor criando esse filme?"

Os Estados Unidos culparam a Coreia do Norte pelo ataque eletrônico, mas Pyongyang disse que não é responsável.

Na China, uma cópia do filme com legendas em chinês foi visto ao menos 300 mil vezes apenas em uma plataforma de compartilhamento de vídeos.

"Não importa se o filme é bom, ele se tornou algo que todos têm que ver", disse um usuário no microblog chinês Weibo.

O longa, que foi inicialmente cancelado após o ataque eletrônico contra a Sony, estreiou em mais de 300 cinemas nos EUA no Natal, atraindo muitas sessões lotadas e declarações de espectadores de que estavam defendendo a liberdade de expressão.

Ainda não há planos para um lançamento oficial em cinemas na Ásia.

Executivos internacionais da Sony disseram anteriormente que o filme era "desesperadamente sem graça" e que fracassaria no exterior, segundo emails vazados pelos hackers.

(Por Jack Kim, Kahyun Yang e Adam Jourdan)

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