Montadoras preveem escassez de chips até pelo menos o final de 2023
A transição das frotas globais para carros elétricos está entre os principais motivos
Chips e processadores: setor de semicondutores está sobrecarregado desde a pandemia de covid-19 (owngarden/Getty Images)
20 de dezembro de 2022, 15h49
A indústria automobilística global sofrerá escassez de semicondutores no próximo ano, à medida que a mudança para veículos elétricos se acelera, alertaram as principais fabricantes de carros e chips do mundo.
Segundo uma consulta do Financial Times, empresas de semicondutores como a americana Onsemi já se comprometeram com remessas até o final de 2023, devido à forte demanda.
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Com a produção no limite e, em alguns casos, sobrecarregando a capacidade da indústria, o comprometimento com pedidos antecipados impossibilita que no próximo ano o mercado crie ou atenda qualquer nova demanda.
Com isso, as montadoras estão se preparando para os problemas que o cenário possa trazer. Carlos Tavares, executivo-chefe da Stellantis, a quarta maior montadora do mundo em vendas, disse ao FT que ''as restrições de chips continuarão a assombrar a indústria automobilística no próximo ano''.
Do lado das fornecedoras há um impulsionamento na qual surfam, além de Onsemi, companhias como Infineon, STMicroelectronics, NXP Semiconductors e Nexperia.
No mês passado, a Infineon elevou sua previsão de crescimento de receita de 9% para mais de 10% nos próximos anos, sem dar um prazo específico.
A fabricante de chips alemã também anunciou um investimento de € 5 bilhões para construir uma fábrica de semicondutores analógicos, de sinal misto, em Dresden. O projeto é o maior da companhia em 24 anos.
Já a Onsemi está expandindo a produção nas fábricas de Rožnov, na República Tcheca, Busan, na Coreia do Sul, e New Hampshire, nos Estados Unidos, algo que deve aumentar a capacidade em 30% no próximo ano.
Uma boa notícia para os escassos chips automotivos é a queda na demanda de fabricantes de eletrônicos e gadgets para o consumidor final, como Intel e Samsung, que viram um desinteresse por seus produtos depois da pandemia.
Com isso, o gigante do setor como TSMC, que fornece para empresas como Apple, Google e Amazon, cortou suas despesas de capital planejadas em cerca de 10%.
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