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Métodos de espionagem da NSA intrigam especialistas

São Paulo - Enquanto o governo brasileiro se posiciona em relação aos mais recentes vazamentos de Edward Snowden, segundo os quais até a presidente Dilma Rousseff...

HQ da NSA (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

São Paulo - Enquanto o governo brasileiro se posiciona em relação aos mais recentes vazamentos de Edward Snowden, segundo os quais até a presidente Dilma Rousseff foi espionada pela Agência Nacional de Segurança americana, uma questão paira no ar: quais tecnologias a NSA utiliza para realizar esse tipo de monitoramento?

Pelo que se sabe até agora, há vários tentáculos do programa de espionagem. Segundo os primeiros vazamentos de Snowden, empresas como Google, Apple e Facebook participam de pelo menos parte da captura de dados de usuários comuns, filtrados posteriormente pela agência a partir de palavras chave. Mas como a NSA quebra os métodos mais avançados de criptografia, considerados seguros até então?

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Em declaração, o diretor da Agência Nacional, James Clapper, afirma que foi conquistado "um enorme avanço, anos atrás, na habilidade de quebrar sistemas incrivelmente complexos, empregados não apenas por governos ao redor do mundo, mas também por usuários comuns". O método utilizado para conseguir isso é, obviamente, obscuro.

Algumas das possibilidades são discutidas em artigo da revista The Economist.

A explicação mais plausível é que os técnicos da NSA tenham descoberto falhas nos protocolos de softwares criptográficos. Um caso que foi destaque na comunidade de segurança recentemente foi o do popular programa de chat Cryptocat, que teve uma grave falha exposta por desenvolvedores. O problema comprometeu o anonimato de um grande número de usuários, anteriores a uma atualização do programa. Ou seja, a brecha no Cryptocat mostra que esses programas não são tão seguros quanto se pensava.

Há outra possibilidade, bem menos provável, de a NSA ter desenvolvido um computador quântico, capaz de realizar um número praticamente ilimitado de operações matemáticas. Assim, a agência seria capaz de decodificar todo o oceano de informações coletadas. Apesar de estar mais para enredo de filme de espionagem, esse cenário é possível na teoria.

Enquanto a comunidade internacional discute os métodos possíveis e impossíveis, governos e cidadãos comuns terão de conviver com a ideia de ter suas informações coletadas pela agência. A menos que os vazamentos de Snowden continuem, e se aprofundem, dificilmente haverá uma resposta definitiva para essas perguntas.

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