Máxima "opostos se atraem" não vale para casais, diz estudo
Na verdade, você gosta mesmo é de quem parece com você
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 10h41.
A grande maioria dos filmes de amor que você já viu é improvável. Titanic? Balela. A Dama e o Vagabundo? Falácia. 50 Tons de Cinza, então, nem se fala. Um novo estudo aponta que não existe esse negócio de que os opostos se atraem.
Na verdade, você gosta mesmo é de quem parece com você.
Pesquisadores da Universidade do Kansas e do Wellesley College foram às ruas em buscas de casais interagindo (de amigos, namorados, casados) e analisaram os pontos em comum das duplas: valores, traços de personalidade, atividades recreativas, consumo de álcool e drogas, por exemplo.
O resultado apontou que as relações que duraram mais e tinham mais intimidade eram aquelas em que as características dos envolvidos era parecida.
A pesquisa afirma que o momento mais decisivo em um relacionamento são os contatos iniciais - é nessa fase que as pessoas decidem se vão investir ou não em outro alguém.
"No início da relação, você tenta criar um mundo social que o deixe confortável, com pessoas para confiar e cooperar para atingir seus objetivos. A similaridade é muito útil nesse contexto, e pessoas são atraídas por isso na maior parte do tempo", afirma Chris Crandall, co-autor da pesquisa.
Para os autores, ao contrário do que Hollywood prega, as pessoas não mudam durante a relação. A ideia não é afirmar que não há trocas ou ações que influenciam os companheiros. Elas existem, mas não transformam as pessoas.
"Nós percebemos que existem intervenções, como pequenas mudanças na personalidade, atitudes e valores, mas, na verdade, há pouco espaço para que um influencie o outro", diz Angela Bahns a outra responsável pelo texto.
A pesquisa, porém, afirma que não é como se as pessoas não conseguissem ter relações com seus opostos - na verdade, elas podem até ser duradouras e boas.
Só que, se pudermos escolher, tende-se a ir pelo caminho mais semelhante. "Estamos afirmando que selecionar seus semelhantes como parceiros é algo extremamente comum - tão comum que dá para apontar como uma característica psicológica", diz Bahns.
O estudo analisou as relações em pequenas faculdades do Reino Unido, e percebeu que lá as amizades tinham menos em comum do que em grandes campus - simplesmente porque faltava opção - mas os registros não mostravam que as pessoas eram menos ou mais amigas por isso.
"Sabemos que as pessoas escolhem o semelhante primeiro. Mas, se você mudar seu rumo, pode encontrar excelentes amigos, relações significativas, com pessoas diferentes de você", explica Crandall.
Os dois já são conhecidos nas telas graças ao par que formavam na série de tevê Sex and the City. Nada mais justo, então, que eles estejam na lista dos mais lucrativos aos cinemas pela atuação no segundo filme de mesmo nome.