Mark Zuckerberg fala sobre os próximos dez anos do Facebook
A longo prazo, o Facebook espera construir a "próxima grande plataforma de computação" – dando apenas algumas pistas dessa visão futurista
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2014 às 18h19.
São Paulo - Durante conversa com acionistas na terça-feira (29), o cofundador e presidente do Facebook Mark Zuckerberg detalhou os planos da empresa para a próxima década.
Ele separou as metas em períodos de três, cinco e dez anos.
Começou falando sobre o investimento em vídeos nativos, que expandiu rapidamente o uso do formato, batendo o número de 1 bilhão de views por dia.
Zuckerberg expressou também seu desejo em melhorar a experiência de publicidade para as marcas, especialmente em smartphones e tablets.
Segundo o empresário, o Facebook vai investir em novas formas para melhorar o direcionamento de anúncios na rede social e a medição das campanhas veiculadas.
"Atualmente, os anunciantes gastam 11% dos seus orçamentos de publicidade em plataformas móveis, porque as ferramentas certas ainda não estão no lugar certo", disse a diretora de operações da empresa Sheryl Sandberg, também durante a conversa.
Zuckerberg falou também sobre a importância de aplicações móveis como o Messenger – que, segundo dados fornecidos durante a conversa, acelera 20% a resposta de mensagens –, além do WhatsApp e do Instagram, que continuam em sua curva agressiva de crescimento, principalmente fora dos Estados Unidos.
A longo prazo, o Facebook espera construir a "próxima grande plataforma de computação" – dando apenas algumas pistas dessa visão futurista.
Zuckerberg acredita que ela poderá envolver realidade aumentada e a Oculus, empresa fabricante dos óculos de realidade virtual Rift, adquirida pelo Facebook no começo do ano.
"Iremos nos preparar para o futuro investindo agressivamente", garantiu Zuckerberg.
O áudio da conversa com os acionistas está disponível na íntegra.
Mark Zuckerberg, 29, fundou a rede social em 2004 de seu dormitório em Harvard e permanece até hoje como presidente da empresa. Ele atingiu seu primeiro bilhão de dólares em 2007, quando a rede chegou a 1 bilhão de usuários.
Jan Koum, ao lado de seu sócio Brian Acton, é o mais novo integrante da lista. Na noite de ontem o WhatsApp, fundado por ambos, f oi vendido para o Facebook por 19 bilhões de dólares. Koum, que possuía 45% de participação na empresa, agora tem 6,8 bilhões de dólares e fará parte da mesa executiva do Facebook.
Dustin Moskovitz era colega de quarto de Zuckerberg e foi um dos fundadores da rede. Em 2008, ele deixou a companhia para fundar a empresa de softwares Asana, mas seu primeiro bilhão só veio em 2012, como IPO do Facebook e a valorização dos 5% de participação que ele ainda tem da empresa.
Brian Acton é co-fundador do aplicativo WhatsApp e dono de 20% da empresa. Com a venda da companhia para o Facebook por 19 bilhões de dólares, sua fortuna chegou aos 3 bilhões de dólares e pode crescer, já que boa parte dela está em ações da rede social.
Eduardo Saverin , 31, era amigo de Zuckerberg e fez parte do time de fundadores do Facebook. Ele saiu em maus termos da empresa em 2005, mas permaneceu com 2,2% das ações, que o tornaram bilionário em 2012. Hoje, o brasileiro vive em Singapura e investe em start ups de tecnologia.
Sean Parker foi o primeiro presidente do Facebook e ainda possui algumas ações da companhia – a participação não é divulgada. O fundador do Napster, interpretado por Justin Timberlake no filme A Rede Social, hoje investe no serviço de streaming de músicas Spotify e na produção de filmes.
Peter Thiel, 46, foi o primeiro investidor profissional do Facebook. Em 2004, ele pagou 500.000 dólares em troca de 10% da empresa. Vendeu grande parte dela, mas o que restou foi suficiente para torná-lo bilionário em 2012. Thiel é co-fundador do PayPal e investe em empresas do Vale do Silício.
O investidor Jim Breyer colocou dinheiro no Facebook em 2005 e fez parte da mesa diretora da companhia até 2013. Ele também ficou bilionário em 2012, devido ao IPO da rede social. Bryer já participou das mesas diretoras do WallMart e da Dell e hoje investe principalmente na China.