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Malware faz caixas eletrônicos cuspirem dinheiro com SMS

Caixas eletrônicos mais antigos, contando com menos recursos de segurança e ainda usando o datado Windows XP, são mais suscetíveis ao ataque

Caixa eletrônico: criminoso precisaria apenas de acesso à parte interna de um caixa mais desprotegido para poder utilizar a porta USB e conectar um smartphone ao computador (Reprodução/Flickr/Tax Credits)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 09h33.

São Paulo - Ladrões de banco estão apelando para técnicas cada vez mais sofisticadas para roubar dinheiro de caixas eletrônicos. A última, descoberta e analisada por pesquisadores da Symantec, envolve uma variação do malware Ploutus, que consegue fazer com que as máquinas cuspam dinheiro com uma simples mensagem de texto.

O processo é um pouco mais complexo do que parece, claro, mas ainda assim não é nada impossível de ser executado. Segundo o post no blog na companhia de segurança, o criminoso precisaria apenas de acesso à parte interna de um caixa mais desprotegido – modelos mais antigos, especialmente –, para assim poder utilizar a porta USB e conectar um smartphone ao computador.

Com isso, bastaria utilizar algum método comum, como o de tethering apontado no texto, para ligar os dois aparelhos: a conexão à internet seria compartilhada entre o dispositivo móvel e a máquina, dando acesso remoto. A parte interessante aqui é que, como o aparelho estaria ligado na USB do caixa, ele seguiria recarregando e ligado por tempo indefinido.

O invasor, então, já poderia instalar no sistema o malware, identificado como Backdoor.Ploutus.B, e começar a trabalhar. Usando outro smartphone, bastaria enviar ao aparelho interno alguns comandos específicos, em determinados formatos, por SMS. Nas palavras do pesquisador Daniel Regalado, da Symantec, “quando o telefone detecta uma nova mensagem dentro do formato exigido, o dispositivo móvel converteria a mensagens em um pacote [ou ‘network packet’] e o enviaria ao caixa eletrônico pelo cabo USB”.

Dentro da máquina, o comando é identificado pelo monitor de pacotes, que depois o analisa e busca por um número específico. Dígitos de dentro dessa sequência são, por fim, usados para montar um comando e rodar o Ploutus, fazendo o caixa eletrônico cuspir a quantidade de dinheiro configurada no próprio malware.

O vírus é especialmente perigoso em máquinas mais antigas, que não contam com recursos mais aprimorados de proteção – criptografia de HDs, por exemplo – e ainda rodam o já bem datado Windows XP, como alerta a Symantec. O sistema operacional perderá o suporte da Microsoft em abril, depois de quase 13 anos no mercado, o que deve atrair ainda mais a atenção de criminosos em busca de brechas ainda desconhecidas.

Como já vimos, no Brasil e no mundo ainda há diversos caixas eletrônicos baseados no datado SO, e substitui-lo é a principal solução proposta pela companhia – ainda mais se levarmos em conta a capacidade de propagação desses vírus. Outras medidas incluem bloquear a BIOS, criptografar o HD dos caixas e, claro, monitorar com câmeras a área em que ficam as máquinas. Veja abaixo, no vídeo do Symantec, como funciona o ataque.

http://c.brightcove.com/services/viewer/federated_f9?isVid=1&isUI=1

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São Paulo - Ladrões de banco estão apelando para técnicas cada vez mais sofisticadas para roubar dinheiro de caixas eletrônicos. A última, descoberta e analisada por pesquisadores da Symantec, envolve uma variação do malware Ploutus, que consegue fazer com que as máquinas cuspam dinheiro com uma simples mensagem de texto.

O processo é um pouco mais complexo do que parece, claro, mas ainda assim não é nada impossível de ser executado. Segundo o post no blog na companhia de segurança, o criminoso precisaria apenas de acesso à parte interna de um caixa mais desprotegido – modelos mais antigos, especialmente –, para assim poder utilizar a porta USB e conectar um smartphone ao computador.

Com isso, bastaria utilizar algum método comum, como o de tethering apontado no texto, para ligar os dois aparelhos: a conexão à internet seria compartilhada entre o dispositivo móvel e a máquina, dando acesso remoto. A parte interessante aqui é que, como o aparelho estaria ligado na USB do caixa, ele seguiria recarregando e ligado por tempo indefinido.

O invasor, então, já poderia instalar no sistema o malware, identificado como Backdoor.Ploutus.B, e começar a trabalhar. Usando outro smartphone, bastaria enviar ao aparelho interno alguns comandos específicos, em determinados formatos, por SMS. Nas palavras do pesquisador Daniel Regalado, da Symantec, “quando o telefone detecta uma nova mensagem dentro do formato exigido, o dispositivo móvel converteria a mensagens em um pacote [ou ‘network packet’] e o enviaria ao caixa eletrônico pelo cabo USB”.

Dentro da máquina, o comando é identificado pelo monitor de pacotes, que depois o analisa e busca por um número específico. Dígitos de dentro dessa sequência são, por fim, usados para montar um comando e rodar o Ploutus, fazendo o caixa eletrônico cuspir a quantidade de dinheiro configurada no próprio malware.

O vírus é especialmente perigoso em máquinas mais antigas, que não contam com recursos mais aprimorados de proteção – criptografia de HDs, por exemplo – e ainda rodam o já bem datado Windows XP, como alerta a Symantec. O sistema operacional perderá o suporte da Microsoft em abril, depois de quase 13 anos no mercado, o que deve atrair ainda mais a atenção de criminosos em busca de brechas ainda desconhecidas.

Como já vimos, no Brasil e no mundo ainda há diversos caixas eletrônicos baseados no datado SO, e substitui-lo é a principal solução proposta pela companhia – ainda mais se levarmos em conta a capacidade de propagação desses vírus. Outras medidas incluem bloquear a BIOS, criptografar o HD dos caixas e, claro, monitorar com câmeras a área em que ficam as máquinas. Veja abaixo, no vídeo do Symantec, como funciona o ataque.

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