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Homem é suspeito de hackear sistema de loteria para ganhar concurso

Eddie Tipton teria instalado um software para gerar os números que precisava em uma loteria

loteria (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 11h14.

Promotores americanos afirmam ter provas de que um ex-chefe de segurança digital de uma empresa de loteria invadiu computadores dos próprios empregadores e manipulou os resultados de um concurso para ganhar 14,3 milhões de dólares.

Eddie Raymond Tipton, de 51 anos, colocou um pen-drive em um computador que gera os números aleatórios dos concursos de loteria em Des Moines, no estado americano de Iowa. Pouco depois, ele foi visto comprando um bilhete de loteria. 

A Justiça afirma que existem indícios para provar a teoria de que Tipton utilizou seu cargo para entrar na sala dos computadores e infectá-los com programas que permitissem a ele controlar os números gerados. Apenas duas pessoas por vez podem entrar na sala, que é inteiramente coberta de vidro e monitorada por uma câmera de vigilância. Para prevenir ataques, os computadores não são conectados à internet.

Os promotores dizem que Tipton entrou na sala em 20 de novembro de 2010, apenas para mudar o horário dos computadores. Naquele dia, as câmeras gravaram apenas um segundo por minuto, em vez de rodarem continuamente.

Três dias depois, um homem foi visto em uma loja de conveniência comprando um bilhete que venceria o prêmio de 14,3 milhões de dólares. As autoridades identificaram o homem como Tipton. Como empregado da associação que administra a loteria, Tipton não pode comprar os tíquetes da loteria ou receber prêmios dos concursos.

O prêmio ficou um ano parado. Horas antes do prazo para obtê-lo acabar, uma empresa do Belize tentou recuperar o dinheiro por meio de um advogado de Nova York.

Em janeiro, Tipton foi indiciado por duas modalidades de fraude. As alegações de que ele usou seu privilégio de administrador do sistema foram feitas na semana passada.

Colegas do engenheiro afirmam que eke era obcecado por root kits, um tipo de programa de computador que pode ser instalado rapidamente, configurado para fazer qualquer coisa no sistema e então se autodestruir sem deixar vestígios. 

Tipton alega ser inocente. Seu advogado diz que a teoria sobre a invasão de computadores não é "factualmente viável". O julgamento do caso será realizado em 13 de julho.

Fonte: Des Moines Register

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