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Jornal mais antigo do mundo encerra a versão impressa

O Lloyd’s List anunciou que vai abolir sua versão impressa e passará a existir apenas na web a partir de 20 de dezembro


	Jornais sendo impressos: o jornal foi criado há 279 anos em Londres, servindo à indústria naval no centro do que era então a maior potência comercial mundial
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Jornais sendo impressos: o jornal foi criado há 279 anos em Londres, servindo à indústria naval no centro do que era então a maior potência comercial mundial (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 11h59.

Genebra - Numa decisão que está sendo considerada como um marco na história da imprensa, o jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, o Lloyd’s List, anunciou que vai abolir sua versão impressa e passará a existir apenas na web a partir de 20 de dezembro.

O jornal foi criado há 279 anos em Londres, servindo à indústria naval no centro do que era então a maior potência comercial mundial. Em seus primeiros dias, os interessados em vender algo ou anunciar alguma notícia colocavam papéis escritos em um das paredes de um café. O jornal foi fundado por Edward Lloyd, que fixava em seu café também notícias sobre a chegada de embarcações à cidade, despedidas, contratações e mortes.

Segundo a direção do jornal, a decisão de se dedicar ao mundo online veio após uma pesquisa com os assinantes mostrar que apenas 25 clientes ainda esperavam para ler a versão impressa. “Isso é apenas uma parte natural de nossa evolução”, disse o editor Richard Meade. A pesquisa também apontou que 97% dos entrevistados disseram usar mais a versão online.

Com circulação de 1,2 mil exemplares e mais de 16 mil assinaturas online, Meade confessou que não via a hora de acabar com a edição impressa. Phil Smith, diretor do grupo Informa - atual dono do jornal - divulgou comunicado informando que, nos últimos anos, a expansão na web havia sido relevante, enquanto o número de cópias físicas do jornal havia sido drasticamente reduzido.

O Lloyds não é o primeiro a abandonar sua versão impressa. Outros, como o Christian Science Monitor e a revista Newsweek, também optaram pela web como forma de sobrevivência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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