Tecnologia

Internet das Coisas vai produzir "tsunami" na rede

As previsões de crescimento da base de objetos conectados contêm números astronômicos


	Internet: para dar conta disso, as teles precisam investir não apenas em capacidade de suas redes, mas também em inteligência
 (thinkstock)

Internet: para dar conta disso, as teles precisam investir não apenas em capacidade de suas redes, mas também em inteligência (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 08h41.

As previsões de crescimento da base de objetos conectados contêm números astronômicos.

Algumas apontam para 50 bilhões de conexões móveis no mundo em 2020, volume que somaria smartphones, tablets e objetos variados, como carros, eletrodomésticos, acessórios de vestuário etc.

É a chamada Internet das Coisas (IoT). Uma das consequências desse fenômeno para as operadoras celulares será a chegada de um verdadeiro "tsunami" em suas redes de sinalização, alerta o gerente técnico da F5, Frank Yue, que esteve no Brasil na semana passada para o evento LTE Latin America e conversou com MOBILE TIME.

Ele prevê que dentro de cinco anos haverá um crescimento de 18 vezes no tráfego de sinalização nas redes móveis ao redor do mundo.

Yue explica que a cada vez que um smartphone acorda ou adormece ele troca uma série de informações com a rede, em um total de 26 passos. Isso acontece várias vezes ao dia.

As operadoras sentiram uma primeira onda de crescimento de tráfego nas redes de sinalização quando do aparecimento dos smartphones e seus aplicativos que requerem constante troca de dados.

Uma segunda onda, tão grande ou maior, vem agora com a Internet das Coisas.

Para dar conta disso, as teles precisam investir não apenas em capacidade de suas redes, mas também em inteligência, com soluções que tragam um melhor balanceamento e direcionamento do tráfego.

Virtualização

Outra tendência nas redes das teles para o futuro é a sua virtualização.

"É algo de longo prazo, mas que vai acontecer porque é essencial. Migrando para a nuvem, as teles ganham flexibilidade, elasticidade. Aos poucos, as operadoras estão virando provedores de internet (ISPs)", comentou Yue.

Ele ressalta, entretanto, que nem tudo será virtualizado. Haverá sempre elementos de rede que continuarão existindo enquanto hardware.

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