Índice de pirataria de software no Brasil cai para 55% em 2002, diz Abes
No ano passado, a perda total de faturamento na indústria brasileira com software pirata ultrapassou US$ 395 milhões. Isso foi o que mostrou o levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), feito em parceria com a Business Software Alliance (BSA). Apesar do número alto, a pesquisa sinaliza que a pirataria no Brasil ainda […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h30.
No ano passado, a perda total de faturamento na indústria brasileira com software pirata ultrapassou US$ 395 milhões. Isso foi o que mostrou o levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), feito em parceria com a Business Software Alliance (BSA). Apesar do número alto, a pesquisa sinaliza que a pirataria no Brasil ainda representa 55% dos softwares em circulação no país. A boa notícia é que, há dois anos, a prática ilegal atingia 58% do total do mercado nacional, caindo para 56% em 2001 e chegando aos 55% atuais. O índice mundial é de 39%.
A Abes acredita que os números devem continuar a cair com a intensificação da campanha anti-pirataria, que já gerou 38 ações de rua e 33 ações judiciais contra o comércio e o uso de software ilegal no país, bem como 108 ações judiciais cíveis contra usuários de software pirata apenas nos primeiros cinco meses de 2003. No ano passado, foram 450 ações anti-pirataria.
A América Latina tem a segunda taxa mais alta de pirataria, com 55% dos programas instalados ilegalmente, sendo superada apenas pela Europa Oriental, que atingiu 71%. A região da Ásia/Pacífico divide a segunda posição com a América Latina, seguida pelo Oriente Médio e a África, ambos com 49% de softwares ilegais. As regiões com os índices mais baixos são a América do Norte, com 24% e a Europa Ocidental, com 35%. O índice na Europa Oriental subiu de 67% para 71%.
As perdas de receita em virtude das cópias ilegais aumentaram 19% em 2002, chegando a mais de US$ 13 bilhões. A América Latina foi a única área em que as perdas diminuíram em relação a 2001. Ainda assim, elas representam 48% do total mundial, atingindo aproximadamente US$ 824 milhões. As empresas que estão no Brasil e são membros da BSA respondem por 48% das perdas de todos os países latino-americanos e 3% das perdas do mundo.