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IBM cria memória nanomecânica

SÃO PAULO - Pesquisadores da IBM demonstraram, em Zurique, na Suíça, uma tecnologia de armazenamento capaz de manter um terabit de dados por polegada quadrada. É uma densidade vinte vezes maior que a dos mais avançados discos magnéticos hoje disponíveis. A demonstração é parte do projeto que a IBM chama de Millipede (centopéia). O dispositivo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.

SÃO PAULO - Pesquisadores da IBM demonstraram, em Zurique, na Suíça, uma tecnologia de armazenamento capaz de manter um terabit de dados por polegada quadrada. É uma densidade vinte vezes maior que a dos mais avançados discos magnéticos hoje disponíveis.

A demonstração é parte do projeto que a IBM chama de Millipede (centopéia). O dispositivo construído pelos pesquisadores é mecânico. Pontas afiadas produzem pequenos buracos numa lâmina plástica. Cada um desses buracos representa um bit.

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Esse dispositivo lembra os cartões perfurados usados, no passado, para armazenamento de dados. A diferença é que o invento da IBM tem dimensões nanométricas. O buraco equivalente a um bit é 50 000 vezes menor que o ponto no final desta frase. Além disso, graças às características do polímero onde são gravados os bits, o processo é reversível, permitindo que os dados sejam apagados e regravados.

A velocidade de leitura e gravação é, por enquanto, muito baixa, na faixa de alguns quilobits por segundo. Mas os pesquisadores acreditam que será possível construir dispositivos mais rápidos, com velocidades de leitura entre 1 e 2 Mb/s. Eles poderão substituir os atuais cartões de memória flash, usados em câmeras fotográficas digitais, palmtops e tocadores de MP3. Gerd Binnig, ganhador do prêmio Nobel e um dos líderes do projeto Millipede, prevê, também, que densidades de gravação ainda maiores poderão ser atingidas.

A IBM não diz quando essa tecnologia, ainda experimental, vai se transformar em produto. Mas é improvável que isso aconteça em menos de cinco anos.

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