Guerra virtual: governo da Austrália vira alvo de hackers estrangeiros
Diversos setores do governo australiano estão sofrendo ataques virtuais nos últimos meses de um "ator cibernético sofisticado"
Rodrigo Loureiro
Publicado em 19 de junho de 2020 às 11h12.
Última atualização em 19 de junho de 2020 às 12h18.
O primeiro-ministro da Austrália , Scott Morrison, afirmou nesta sexta-feira (19) que o país está travando uma batalha contra hackers estrangeiros que estão tentando tomar o controle das instituições governamentais do país. Segundo ele, o ataque cibernético não provocou nenhum vazamento de dados até o momento.
Conforme reportado pela BBC, o primeiro-ministro afirmou que os ataques vêm acontecendo há vários meses e estão aumentando com o passar do tempo. Ele diz que as ações são direcionados para todos os níveis do governo e podem afetar serviços e negócios essenciais para o país de setores como educação, infraestrutura, saúde, indústria, entre outros.
O político não especificou como os ataques têm afetado cada um dos segmentos. Vale lembrar que a Austrália foi alvo de diferentes ações criminosas virtuais em 2019 com ataques direcionados à Universidade Nacional da Austrália e a partidos políticos.
Enquanto ainda não há um veredito sobre quem está por trás dos ataques, especialistas em segurança digital apontam que as ações podem ter sido originadas da China . A justificativa é de que o país teria hackers com capacidade para executar invasões desta magnitude. Irã , Coreia do Norte e Rússia também foram apontados como possíveis responsáveis.
Oficialmente, a Austrália, prefere aguardar as investigações e, até o momento, atribui os crimes a um "ator cibernético sofisticado com base em um estado".
Para o especialista em segurança digital , Joshua Kennedy-White, a suspeita é de que a China esteja por trás das invasões. "Sempre há uma tensão crescente entre Rússia e China. Então, na verdade, esses são os principais suspeitos a qual o governo da Austrália se refere”, afirmou o especialista para a BBC.