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Grandes companhias iniciam;pesquisas;com células-tronco

Movimentos;discretos de;empresas como Johnson ; Johnson, General Electric e Novartis, diz The Wall Street Journal, mostram que o apelo comercial das pesquisas está falando mais alto que os receios com a rea

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h24.

As grandes corporações evitaram entrar na polêmica acalorada sobre o uso de células-tronco para pesquisas. Mas, segundo reportagem desta terça-feira (12/4) do jornal americano The Wall Street Journal, isso está mudando. Algumas empresas, com extremo cuidado, levam adiante planos de pesquisa de células-tronco obtidas de embriões humanos nos estágios iniciais de desenvolvimento, e já não temem como antes as críticas sobre as implicações morais e científicas de tais estudos.

Movimentos recentes das companhias, diz The Wall Street Journal, mostram que o apelo comercial das pesquisas está falando mais alto e induz as empresas a, pelo menos, aventurar-se em "verificações preliminares". O envolvimento das empresas pode estimular investimentos e ajudar na conquista de aceitação mais ampla às pesquisas, mas também "pode atrair ataques de grupos religiosos e outros oponentes". Os gastos anuais do governo federal americano em pesquisas na área não passam de 25 milhões de dólares.

Johnson & Johnson, General Electric e Novartis estão entre as empresas que superaram o medo de boicote dos consumidores ou protestos de acionistas e iniciaram programas de pesquisa. Seus objetivos vão do teste de novos medicamentos ao aprimoramento de transplantes. O jornal ressalta que a decisão envolveu um processo intenso de deliberação interna dos conselhos de administração.

As empresas protegem zelosamente os detalhes de seu envolvimento com as pesquisas. Depois de afirmar que nunca havia utilizado células-tronco de embriões humanos, o laboratório Merck, confirmou mais tarde um relatório de especialistas independentes afirmando que a companhia havia adquirido um lote de células. Mas segundo a empresa, o lote foi destruído antes de ser usado. A posição oficial da GlaxoSmithKline é que os pressupostos desse tipo de pesquisa ainda são muito recentes e frágeis e, portanto, o laboratório prefere manter distância. Apesar disso, pesquisadores da empresa encaminharam à direção um pedido de reversão dessa política.

Para George Daley, cientista da Children's Hospital de Boston, assim que o potencial das pesquisas ficar claramente demonstrado, as precauções e hesitações vão evaporar e as empresas vão correr apressadamente para seus laboratórios.

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