Tecnologia

Grande irmão japonês reconhece 36 milhões de rostos por segundo

Software de reconhecimento facial é capaz de analisar e identificar uma face entre milhares registradas em seu banco de dados

Novo sistema japonês é capaz de reconhecer em apenas um segundo, um rosto em banco de dados de 36 milhões.  (Hustvedt/ Wikimedia Commons)

Novo sistema japonês é capaz de reconhecer em apenas um segundo, um rosto em banco de dados de 36 milhões. (Hustvedt/ Wikimedia Commons)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 27 de março de 2012 às 17h07.

São Paulo – O clássico “1984”, do escritor inglês George Orwell já previa uma sociedade constantemente vigiada pelo Estado, o Grande Irmão. Décadas depois do lançamento do livro de Orwell, o mundo está cada vez mais abastecido de câmeras, de caráter particular e público, com o objetivo de monitorar e aumentar a segurança. E o setor acaba de ganhar um poderosos sistema, desenvolvido pela japonesa Hitachi Kokusai Electric, e que é capaz de identificar um rosto, em um banco de dados de 36 milhões de pessoas e em apenas um segundo.

O software, explica o site Digital Trends, permite a análise de imagens capturadas por smartphones ou câmeras portáteis e não apenas as feitas por câmeras de segurança. Para ser “reconhecível” é necessário que o rosto esteja em até 30° de desvio, na horizontal ou vertical, e que preencha um quadro de, no mínimo, 40 X 40 pixels.

Mas além de reconhecer um rosto, o software também busca e compila imagens de outras datas e que sejam da mesma pessoa. Ou seja, o sistema de segurança irá permitir que seu dono tenha em mãos um histórico de ações de uma mesma pessoa, facilitando a vigilância dos seus próximos atos.

De fato a prevenção de crimes praticados em locais de grandes aglomerações, como sequestro de menores ou mesmo roubo, uma vez que seria possível a identificação de praticamente todas as pessoas que passarem pelo local.

Cometer um crime numa cidade como São Paulo, por exemplo, que conta com mais de 19 milhões de habitantes, seria uma tarefa praticamente impossível. Em contrapartida, o uso indiscriminado e abusivo de um sistema como esse poderia ser extremamente prejudicial para as liberdades, e também para a privacidade, dos indivíduos.

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