FBI fecha nova Silk Road e prende seu administrador
Uma operação internacional prendeu Blake Benthall, americano de 26 anos que seria o administrador do site de venda de artigos ilegais
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 12h45.
Uma operação do FBI, em coordenação com autoridades internacionais, tirou do ar a Silk Road 2, segunda versão do site de venda de artigos ilegais, e prendeu Blake Benthall, um americano de 26 anos que seria o administrador do site que vendia drogas e armas pela internet.
A ação acontece pouco mais de um ano depois da primeira versão do Silk Road ter sido tirada do ar e da prisão de seu administrador, Ross Ulbritch.
Benthall, que administraria o site sob o codinome Defcon, foi acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, invasão de computadores e venda de documentos ilegais.
Seu mandado de prisão afirma que a Silk Road 2 vendia centenas de quilos de drogas para centenas de milhares de compradores ao redor do mundo, com vendas feitas em Bitcoin que movimentavam 8 milhões de dólares mensais.
Em um comunicado à imprensa, o promotor que fez a denúncia afirmou que a "Silk Road, seja lá em qual forma, é uma estrada para a prisão (...) Nós iremos voltar quantas vezes for necessário para fechar esses bazares virtuais. Nós não iremos nos cansar", disse Preet Bharara.
O inquérito contra Benthall afirma que agentes infiltrados do FBI trabalharam na administração do site desde novembro do ano passado.
O jovem de 26 anos é acusado de tomar o controle da nova Silk Road em dezembro do ano passado.
Em maio deste ano, o FBI conseguiu localizar o servidor da Silk Road 2, apesar do site usar a rede Tor para proteger sua localização.
Com isso, os policiais conseguiram obter registros de hospedagem que identificaram Benthall como administrador do site.
As autoridades também passaram a rastrear as movimentações financeiras de Benthall. Os promotores descobriram que o suposto administrador da Silk Road 2 movimentou 273 626 dólares em sua conta no Bitcoin desde o início da nova versão do site.
Dessa quantia, quase 70 mil dólares funcionaram como entrada para um carro Tesla Model S.
Os administradores da Silk Road e da Silk Road 2 afirmam que os sites eram "experimentos sociais de livre mercado", e não apenas meros negócios.
Segundo uma mensagem postada na Silk Road 2, a página "não é um mercado. Silk Road é uma revolta global. A ideia de liberdade é imortal."