Facebook pede desculpas após posts sobre terremoto receberem animação
Terremoto de magnitude 6,9 atingiu a Indonésia no domingo, matando pelo menos 347 pessoas e deixando milhares de desabrigados
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2018 às 20h43.
Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 20h44.
Londres - O Facebook pediu desculpas nesta quarta-feira após mensagens de usuários sobre o terremoto na Indonésia aparecerem na mídia social decoradas com imagens de balões e confetes.
Um terremoto de magnitude 6,9 atingiu a ilha turística de Lombok no domingo, matando pelo menos 347 pessoas e deixando milhares de desabrigados, segundo a agência estatal de notícias Antara.
Muitos indonésios escreveram mensagens no Facebook usando a palavra na língua local 'selamat' - que pode significar 'seguro' mas também 'parabéns' - provocando animações comemorativas.
"O recurso (de animações automáticas para 'parabéns' em publicações) está amplamente disponível no Facebook globalmente", disse uma porta-voz da maior rede social do mundo em comunicado.
"No entanto, lamentamos que tenha aparecido nesse contexto infeliz e, desde então, o recurso foi desativado localmente."
Uma crise humanitária assombra Lombok, que foi abalada por outro terremoto no mês passado que matou 17 pessoas, com milhares de vítimas do desastre de domingo precisando de água limpa, comida, remédios e abrigo, segundo agências de ajuda.
Muitas pessoas na ilha têm usado o recurso de verificação de segurança do Facebook, lançado em 2014, que permite que os usuários notifiquem seus amigos e parentes que estão seguros após desastres.
No entanto, as empresas de mídia social devem tomar precauções ao projetar recursos para serem usados durante desastres como o terremoto de Lombok, segundo Siane Monreal, gerente de mídia social do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
"Imagine se você estivesse esperando por horas sem notícias de seus entes queridos. Você teme pelo pior. Então, finalmente, você vê no Facebook que eles estão bem - e então você vê balões", disse ela à Thomson Reuters Foundation.
"Isso não é uma celebração e não é apropriado."